Tereza Campello mostrando o aplicativo no celular por ocasião do lançamento (Foto: José Cruz) |
A
ministra Tereza Campello, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, anunciou ontem (19/10), o lançamento do aplicativo do Bolsa
Família para celulares. A ferramenta foi elaborada pela Caixa Econômica Federal
e conta com funções disponíveis para beneficiários e não-beneficiários do
programa.
“Qualquer
beneficiário terá a oportunidade de saber, sem sair de casa, quando vai
receber; dez dias antes do início do pagamento, poderá saber quanto será
transferido, o local de saque mais próximo e se está com a frequência escolar
correta ou se a criança precisa vacinar”, explicou a ministra, durante
entrevista ao programa semanal Bom Dia, Ministro, transmitido pela TV NBr, do
governo federal.
O
lançamento do aplicativo faz parte das comemorações dos 12 anos do programa
social, completados nesta terça-feira. Ele já pode ser baixado gratuitamente em
celulares que usam sistema operacional do Google, da Apple ou do Windows.
“É
mais um canal prático e seguro de comunicação com as famílias do Bolsa
Família”, completou a ministra.
A
ministra também garantiu a continuidade do programa de transferência de renda,
que atende cerca de 14 milhões de famílias, ou aproximadamente 50 milhões de
pessoas. O programa é um sucesso aclamado por várias entidades internacionais,
como a ONU, e serve de modelo para países de todo o mundo.
“O
Bolsa Família está garantido para 2015 e já está previsto no orçamento de 2016.
É um compromisso garantido pela presidenta Dilma. O programa não vai sofrer
nenhum tipo de interrupção, está preservado sem nenhum tipo de corte”, afirmou.
A
ministra ressaltou a importância do programa de transferência de renda que
investe 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e faz a economia local girar. “Não
é o Bolsa Família que está desequilibrando as contas. Ele faz a economia
continuar a funcionar. O programa não é só bom para quem recebe, mas é bom para
toda a economia, além de garantir as crianças nas escolas, o acesso à saúde e
garantir o futuro delas”, destacou.
Campello
reforçou o papel do programa ao quebrar o ciclo da pobreza. “São 12 anos de
sucesso. Não somente porque crianças estão na escola, mas porque
comprovadamente o programa apoiou a redução da mortalidade infantil, porque
permite o acesso ao Pronatec para as famílias. O Bolsa Família é uma grande
porta de entrada para a população de baixa renda nos serviços públicos”,
avaliou.
A
ministra Tereza Campello também destacou que as informações do Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal e dos beneficiários do Bolsa Família
são cruzadas com frequência com outros bancos de dados para evitar o
recebimento indevido.
“Toda
família tem de atualizar o cadastro a cada dois anos; quem não atualiza no
prazo estipulado pode acabar sendo desligado. Tem muitas famílias que melhoram
de vida, mas querem continuar no Cadastro Único para garantir benefícios e
acesso a outros programas”, disse. Ela lembrou que, devido ao cruzamento de
dados e à atualização cadastral, 600 mil pessoas saíram do Bolsa Família em
2014 porque não precisavam mais do benefício.
A
ministra atribuiu críticas ao Bolsa Família ao preconceito de parte da
população contra quem faz parte do programa. “O melhor remédio contra o
preconceito é a informação”, disse Campello ao esclarecer que o benefício é
apenas um complemento de renda, que 75% dos adultos do Bolsa Família trabalham
e que a taxa de natalidade entre os pobres do Nordeste caiu 26%, enquanto no
restante do país a redução foi de 10%. O MDS vai repassar neste mês de outubro
R$ 2,3 bilhões aos beneficiários, com o valor médio de R$ 163,57 por família.
Tereza
Campello lembrou que o programa de transferência de renda é reconhecido
internacionalmente e é apontado como um dos responsáveis pela saída do país do
Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO), com uma redução de 82% do número de subalimentados no
Brasil.
Em
2003, no início do Bolsa Família, 10% da população estava em situação de insegurança
alimentar.
Com
informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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