A
presidente Dilma Rousseff elevou mais uma vez o tom contra os pedidos de
impeachment, que tem classificado como “golpismo”, e disse que jamais cometeu
desvio de conduta nem mal-feito em sua vida política e pessoal.
Ao
discursar em São Bernardo do Campo (SP) para uma plateia formada por pequenos
agricultores, ela voltou a dizer que o Brasil passa por uma “crise política
séria” e que setores da oposição tentam uma variante de golpe “disfarçado” com
o objetivo de conseguir um atalho para chegar ao poder.
Segundo
a presidenta, porém, não há nada que possa depor contra as suas atitudes no
exercício do cargo. “Quero dizer que eu me defendo com muita serenidade, até
porque não cometi nenhum desvio de conduta. Jamais utilizei em meu proveito a
atividade que exerci dignamente como presidenta”, disse.
Dilma
Rousseff disse ter certeza que “eles tentaram” encontrar alguma coisa contra
ela. “Mas nunca vão encontrar, porque jamais cometi um mal-feito na minha vida
política e pessoal. Desconheço entre os que se movem contra o meu mandato quem
tem a força moral, reputação ilibada, e biografia limpa suficientes para atacar
a minha honra. Desconheço”, afirmou.
Assim
como fez nessa terça-feira (13/10), Dilma utilizou repetidas vezes a palavra
golpe, dizendo ser uma “irresponsabilidade querer interromper o fluxo
democrático natural do país”. “Nós não vamos permitir que golpeiem mandato que
conquistamos nas urnas”, disse.
Dilma
fez ainda um apelo aos presentes para que a ajudem a avançar no projeto de um
Brasil mais democrático com oportunidades iguais para todos os brasileiros.
“Estamos trabalhando com toda energia para enfrentar a crise. Com o empenho de
cada um de vocês vamos dar a volta por cima da crise. Tenho certeza que a minha
força vem de vocês, vem da luta por um Brasil mais justo, mais igual, realmente
democrático”.
A
presidente proferiu essas palavras durante discurso no 1º Congresso Nacional do
Movimento dos Pequenos Agricultores. Ontem, ao participar do mesmo evento, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os atrasos dos repasses a
bancos públicos, que motivaram a recomendação pelo TCU para que as contas de
Dilma de 2014 sejam rejeitadas, garantiram os recursos para programas sociais.
Hoje, ao citar o assunto, a presidenta disse: “As questões das chamadas
pedaladas nada mais são do que crítica a formas pelas quais pagamos o Minha
Casa, Minha Vida e a Bolsa Família”, disse.
Com
informações Agência Brasil
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