O
deputado cearense André Figueiredo (PDT), líder do partido na Câmara, é o novo
titular do Ministério das Comunicações. Ele assume a pasta no lugar de Ricardo
Berzoini. A mudança foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff em ontem (02/10)
em cerimônia no Palácio do Planalto.
Para
o parlamentar, a reforma ministerial abre portas para reaproximação com o
Governo. Ele afirma que seu partido quer ajudar Dilma a sair da crise, porque
ela abriu espaço para o debate com eles. “Temos a certeza de que podemos buscar
essa aproximação política, até porque o Brasil está longe do novo processo
eleitoral”, comenta.
Em
agosto, PDT e PTB anunciaram afastamento da base e posição “independente” no
Congresso. Para evitar o desgaste político das medidas impopulares, eles
votaram contra o ajuste fiscal do Governo. A justificativa foi que não
concordavam com o arrocho e queriam ter voto livre.
Figueiredo
destacou que a aliança do PDT é com o Governo que ajudou a eleger em 2014, não
com o PT. “Já dissemos à presidente que teremos candidatura própria em 2018.
Não vai ser um ministério que vai mudar nossa visão, inclusive no que diz
respeito ao ajuste fiscal”, explica.
Com
a saída do pedetista, o ex-prefeito de Ipueiras, Neném do Cazuza (Pros), assume
cadeira na Câmara. Ele obteve 46 mil votos no Ceará nas eleições 2014. A
liderança da PDT na Câmara passa a ser comandada pelo deputado federal Afonso
Mota, do Rio Grande do Sul.
André
Figueiredo se reúne com o antecessor Ricardo Berzoini na próxima segunda (05/10),
para se informar sobre os projetos do Ministério das Comunicações. A princípio,
ele se diz contra taxações de aplicativos e serviços online, como Whatsapp e
Netflix. Cauteloso, Figueiredo ressalta a necessidade do diálogo e se recusa a
detalhar os planos antes de conhecer a realidade atual da pasta. “Qualquer
declaração neste momento pode ser precipitada”, recua.
“Ainda
não tenho uma opinião formada. Mas sou contra taxar aplicativos. Não queremos
trazer mais ônus à população”, argumenta. O posicionamento do cearense é o
oposto do que pregava seu antecessor na pasta, Ricardo Berzoini, que queria
regulamentar os serviços online.
Para
Berzoini, agora titular da nova Secretaria-Geral do Governo, o tratamento
deveria ser “equânime” aos meios de comunicações tradicionais (operadoras e
canais de televisão), que arcavam com responsabilidades tributárias e, por
isso, estavam em desvantagem.
Com
informações O Povo Online
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