Plenário da Câmara Municipal de Altaneira em 23/10/2015 (Foto: João Alves) |
Depois
de duas semanas a Câmara Municipal de Altaneira voltou a se reunir em Sessão
Ordinária na tarde de ontem (24/10). A Ordem do Dia contou com dois
requerimentos, um de autoria do vereador Deza Soares (Solidariedade), que pedia
cópia de uma licitação e outro do vereador Genival Ponciano (PTB) que pedia o
convite de um representante de uma empresa privada de vigilância que está
atuando na cidade para prestar esclarecimentos à comunidade.
Ambos
os requerimentos foram aprovados por unanimidade, o do vereador Deza sem
ninguém manifestar apoio ou rejeição, já o de Genival rendeu alguns comentários
dos seus colegas, o mais interessante foi o da presidente Lélia de Oliveira
(PCdoB), que citou que contratou a vigilância para sua casa, e que a empresa já
está fazendo a vigilância da sede do Poder Legislativo, mas não comunicou de
que forma este serviço seria pago.
O
Relator da Comissão Permanente, vereador Professor Adeilton (PP), levantou
Questão de Ordem, comprometendo-se a apresentar o parecer do Projeto de Lei que
cria a Ouvidoria do Município na próxima semana, e disse que vão ser
apresentadas quatro emendas ao projeto.
No
Tema Livre o vereador Genival levantou uma denúncia feita por uma cidadã da
comunidade da Samambaia sobre o atendimento no posto de saúde daquela
comunidade, e pediu ao vereador Flávio Correia (Solidariedade) para que
apurasse a denúncia junto a Secretaria de Saúde. Flávio prontamente se
comprometeu de buscar um entendimento sobre a situação e a resolução se esta
for necessária.
O
assunto que mais se bateu na sessão de ontem foi o feriado “emprensado” da
última sexta-feira. O vereador Antonio Leite (PRB) levantou que não foi
comunicado na forma regimental do cancelamento da sessão, e informou que levou
ao Ministério Público denúncia sobre as sessões em que a maioria dos vereadores
não compareceram a casa. Levantou-se neste momento a informação sobre a viajem
do líder da maioria para um evento relacionado ao seu curso de Mestrado, de
pronto, a presidente da casa disse que “ele é liberado para qualquer coisa do seu
mestrado”, e aproveitou a oportunidade para classificar de
irresponsável a minha coluna neste blog na última semana, onde vinculei a
ausência da sessão à viajem do líder.
Flávio
respondeu a presidente dizendo que irresponsabilidade é fechar a Casa
Legislativa, e que já que o vereador é liberado para fazer essas viagens, que
ele viaje, mas que haja a sessão. Depois disso o vereador pressionou a Chefe do
Legislativo por transparência na sua gestão, a presidente em total descontrole
discutiu em um tom de voz que não havia sido visto nem mesmo nos mais
inflamados debates daquela casa, então passou a condução dos trabalhos para o vice-presidente
e se retirou do Plenário.
Em
tempo, após Flávio fazer nova referência a condenação por Improbidade
Administrativa do vereador Professor Adeilton, o líder da maioria pediu para os
parlamentares pararem com essas brigas pessoais pois segundo ele “a
comunidade já tá sabendo demais disso”.
Observei
alguns pontos importantes na sessão de ontem:
Primeiro: a Presidente da Casa não consegue nem disfarçar que seria capaz de
comandar bem o legislativo;
Segundo: tanto o vereador Adeilton como a presidente continuam mudando de
assunto para desviar o foco, um de sua condenação por atentado a administração
pública, e a outra da péssima gestão que vem fazendo;
Terceiro: o vereador Genival que disse que não abria mão de ser candidato a presidência
da casa de forma alguma, mas recuou e votou na atual presidente, conduz uma
sessão, de uma forma que nunca se viu a presidente fazer ao menos parecido.
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