Ato de filiação do ex-ministro e governador Ciro Gomes na sede do PDT, em Brasília (Foto: Alan Sampaio)
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Ao
assinar sua ficha de filiação ao PDT nesta quarta-feira (16), o ex-ministro
Ciro Gomes disse que não gostaria de enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva nas urnas em 2018. No
entanto, se for necessário, ele o fará pelo seu novo partido. “Já fiz isso duas
vezes. Não quero isso não, mas farei se for necessário e essa for a minha
tarefa”, destacou o político, arrancando aplausos dos pedetistas que lotaram a
sede do partido, em Brasília, no evento montado para recebê-lo.
Ciro
aproveitou a festividade para destilar críticas à equipe do governo, a qual
chamou de “organizações tabajara” e à própria presidente Dilma Rousseff, que em
sua opinião “fez escolhas completamente erradas”. O político também repreendeu a
oposição, taxada por ele como golpista, e ao presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), acusado por Ciro de representar uma “maioria de corruptos”.
“Hoje
o moralismo está a serviço da mais cruel imoralidade. O presidente da Câmara
dos Deputados hoje, infelizmente, representa uma maioria de corruptos e é quem
tem o juízo de admissibilidade do impeachment, cuja razão seria um crime de
responsabilidade. Durma-se com um barulho desses. Só que nos vamos
enfrentá-los”, disse.
Procurando
passar uma imagem cautelosa em relação a sua provável candidatura, até para não
provocar resistências de pedetistas não simpáticos ao projeto, como o senador
Cristovam Buarque (DF), Ciro, no entanto, não negou sua intenção. O ex-ministro
teme que a situação política do País se deteriore de tal maneira que nem
eleições ocorram.
“Eu
não posso andar mentindo por aí que eu não estou querendo ser candidato, sendo
que eu já fui duas vezes. Agora, não chego no PDT como candidato. Acho
extemporâneo. Veja o calendário brasileiro e a própria democracia sob grave
ameaça, a senhora vai assistir daqui a três meses o nível de calor que vai
estar a vida brasileira”, previu.
Ciro
ainda passou recados duros ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Atenção meu
querido amigo doutor Levy, o ano fiscal de 2015, com toda esta amargura, vai
ser pior que o ano fiscal de 2014. No Brasil, não tem precedentes. Todo ano
eleitoral é mais expansivo e todo primeiro ano de governo é um pouco mais
austero. Nós vamos ter um ano de 2014 mais sadio, que não foi bom, do que o ano
de 2015, com esta amargura toda, porque a principal despesa corrente no Brasil
está em elevação: juro para banco”, provocou.
Além
disso, cobrou uma mudança de postura de Dilma que, segundo ele, deveria se
voltar para os setores que a elegeram. A presidente fez escolhas erradas,
segundo Ciro, “tanto sob matéria de equipe, quanto sob matéria de rumo
estratégico".
“Nós
apoiamos o governo e ninguém conta conosco. O que devia ter, penso eu, é um
aforamento, mediado por ela, em que estes grupos mais progressistas, mais
nacionais, mais preocupados com a sorte do País tencionassem esta heterogenia
aliança e esta equipe, como diria, organizações tabajara, que são por média a
equipe da presidente Dilma, para o rumo correto. O rumo correto deu a ela a
eleição”, lembrou Ciro, que foi um dos responsáveis pela eleição da presidente.
Com
informações O Povo Online
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