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18 de setembro de 2015

Ceará tem melhor resultado do Norte e Nordeste em educação

Com discurso de reconhecimento às deficiências apresentadas por estudantes da rede pública, o Ministério da Educação (MEC) divulgou, ontem, os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) 2014. 

O Ceará se destacou na maioria dos índices, com percentuais superiores aos de outros estados do Norte e do Nordeste. 
Na metodologia da ANA são consideradas as competências de Leitura, Matemática e Escrita - divididas em níveis. Crianças com nível 1 em Leitura estão em situação crítica, níveis 2 e 3 são adequados e nível 4 é desejado. Na Escrita, níveis 1, 2 e 3 são preocupantes; 4 e 5 são aceitáveis. Na Matemática são preocupantes os níveis 1 e 2; sendo aceitáveis os níveis 3 e 4.

Renato Janine Ribeiro, titular do MEC, explica que o desejável é ter todos os alunos de 3º ano do Ensino Fundamental nos níveis mais altos. Os dados, entretanto, são um diagnóstico preocupante. Gestores de Educação vão receber os resultados de suas redes. Com base nos números, explicou o ministro, será possível traçar estratégias para cada grupo de alunos. “A preocupação maior é com quem está no primeiro nível”, frisou.

Em Leitura, o Ceará teve 15,8% dos estudantes no nível 4. Enquanto o Nordeste inteiro teve 5,52% e o Brasil, 11,20%. O desempenho do Estado foi atribuído pelos gestores ao antigo Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), que serviu de modelo para o atual Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). “O Ceará é o único (estado) nordestino que está melhor do que o Brasil (em Leitura)”, disse o ministro.

Um melhor desempenho em Leitura garante níveis melhores em Matemática, pois o aluno só consegue resolver os problemas se conseguir interpretar corretamente - pontuou Francisco Teixeira, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Por isso, a tendência é que os estados apresentem níveis positivos ou negativos em todas as competências.

Os resultados apresentados ontem são referentes ao ano passado. Em 2015 não haverá a avaliação. O cancelamento, ponderou o ministro, não afetará as políticas para alfabetização. “Quando fizermos a avaliação de 2016, teremos condições de extrair novas lições ao divulgá-la, em 2017. Na Educação, mudanças de um ano para outro são, com frequência, pouco significativas. Teremos condições de identificar se há tendência sólida”, afirmou. A ANA foi feita pela primeira vez em 2013.

Com informações O Povo Online

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