Manifestantes
em frente ao Congresso Nacional (Foto: Valter Campanato)
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As
manifestações contra o governo federal que ocorreram em várias capitais neste
domingo (16/08) não tiveram registro de incidentes graves. Os atos ocorreram
com tranquilidade e reuniram pessoas que foram às ruas com camisetas da Seleção
Brasileira, cartazes com diversos pleitos e bandeiras do Brasil.
Em
Brasília, a manifestação ocorreu pela manhã e terminou por volta das 12h30 em
frente ao Congresso Nacional. Os participantes saíram do Museu da República e,
em frente à Catedral de Brasília, fizeram uma pausa e rezaram, de mãos dadas, o
Pai Nosso. Depois, seguiram para o gramado do Congresso onde estenderam faixas
e entoaram gritos de “Fora Dilma” e “Fora PT”.
No
Rio de Janeiro, depois de cinco horas de caminhada pela orla de Copacabana, os
manifestantes encerraram o ato cantando o Hino Nacional e também rezando o Pai
Nosso. A caminhada foi acompanhada por cinco carros de som por cerca de dois
quilômetros, sob sol escaldante.
(A
Praia de Copacabana foi destinos dos manifestantes cariocas Foto: Tania Rego)
Os discursos, no Rio, variavam nos carros de som, mas a maioria dos cartazes e faixas pedia o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em alguns momentos, as declarações eram contraditórias. Enquanto em um carro de som, as palavras de ordem hostilizavam alguns meios de comunicação, em outro era feita a defesa da liberdade de imprensa. No meio da multidão, um cidadão gritou: "Viva a democracia, Lula 2018" e, sob vaias e xingamentos, precisou ser escoltado por policiais militares.
Em
São Paulo, o palco das manifestações foi novamente a Avenida Paulista, que reuniu pessoas de diferentes perfis e faixas
etárias. Eram famílias com crianças, casais e grupos de amigos que criticavam a
situação política e econômica do país.
(Manifestantes na Avenida Paulista em São
Paulo Foto: Marcelo Camargo)
Embora
todos os manifestantes pedissem a saída da presidenta, a forma como isso
poderia ocorrer dividiu os movimentos. Um deles, por exemplo, a União
Nacionalista Democrática defendia a intervenção militar. Já o porta-voz do
movimento Vem pra Rua, Rogerio Chequer, pregava o impeachment imediatamente,
como consequência das denúncias ora sob análise do Tribunal de Contas da União,
que “caracteriza ações que configuram crime de responsabilidade”.
Sobre
denúncias de corrupção contra outras figuras políticas, o Vem pra Rua
"exige investigação de todos que têm indício de participação nos esquemas
de corrupção”. “Os presidentes da Câmara e do Senado já estão mencionados em
atos que exigem investigação”, disse o porta-voz.
Membros
da oposição estiveram presentes em algumas capitais brasileiras. O senador
tucano Aloysio Nunes, líder do PSDB no Senado, participou do ato em Brasília e
disse que ali estava como um cidadão comum.
Em
São Paulo, o senador José Serra (PSDB) esteve na Avenida Paulista. Ele chegou
por volta das 16h e foi cumprimentado por manifestantes ao longo do trecho que
percorreu.
“A
manifestação é uma demonstração de impaciência. A manifestação é pacífica, sem
governo ou sindicato por trás. Vim como paulistano, morador de São Paulo. Vim
como José. A espontaneidade é muito alta, eu diria até emocionante”, disse o
senador.
Mais
cedo, em Belo Horizonte, o senador Aécio Neves, também do PSDB, discursou em um
carro de som. “Venho como cidadão indignado com a corrupção, com a mentira, com
a incompetência desse governo”, disse Aécio.
Em
Goiânia, os manifestantes se reuniram em frente à Praça Tamandaré, no Setor
Oeste. Em Campo Grande, a concentração ocorreu na Praça do Rádio Clube e não
houve passeata.
Em
Fortaleza, a manifestação se concentrou na praça Portugal, no bairro Aldeota,
área nobre da cidade e, na sequência, o público caminhou em direção à orla da
Praia de Iracema.
Como
ocorreu em outras cidades do país, curitibanos coletaram assinaturas para a
criação de um projeto de lei de iniciativa popular com dez medidas contra a
corrupção. Houve faixas e fotos em apoio ao juiz Sérgio Moro, juiz federal da
capital paranaense que preside parte do processo de investigação da Operação
Lava Jato.
Já
em Porto Alegre, além de baterem panelas, as pessoas levaram às ruas cartazes
com dizeres como “Chega de tanto imposto” e “Acorda Brasil”. Nas ruas de
Macapá, os manifestantes fizeram uma passeata atrás de um carro de som,
utilizando camisetas e faixas pedindo “Fora, Dilma”.
Na
orla de João Pessoa, a concentração se iniciou na Praia Cabo Branco e partiu no
sentido do Busto de Tamandaré. O ato em Vitória ocorreu na Praça do Papa, com
camisetas da Seleção Brasileira, balões amarelos e bandeiras do Brasil.
Manifestantes em Florianópolis se reuniram no período da tarde na Avenida
Beira-Mar. Bonecos com fotografias do juiz Sérgio Moro, de Lula e de Dilma
também fizeram parte do protesto que ocorreu em Natal.
Pela
manhã, em Maceió, os manifestantes se reuniram no Corredor Vera Arruda, na
orla, e seguiram em direção ao Bairro Ponta Verde. Em Salvador, os
manifestantes se concentraram no Farol da Barra.
Com
gritos de “não vai ter golpe”, na hora do almoço, petistas, lideranças
sindicais e movimentos sociais concentraram-se em frente ao Instituto Lula, no
bairro do Ipiranga, em São Paulo. No ato, os participantes pediam respeito à
democracia e protestavam contra o ataque sofrido pelo instituto durante a
semana. Os manifestantes estavam acampados em frente ao instituto desde a
segunda-feira passada (10). "O atentado ao instituto foi um atentado à
democracia”, disse Adi dos Santos Lima, presidente da Central Única dos
Trabalhadores no estado de São Paulo.
(Sindicalista em frente ao Instituto Lula Foto: Marcelo Camargo) |
Participaram
do ato representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da CUT, do
Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, Sindicato dos
Trabalhadores na Administração e Autarquias do Município de São Paulo,
Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Químicos e de movimentos sociais.
Com
informações Agência Brasil
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