Grupo se concentrou na Praça Portugal e saiu em caminhada em direção à praia de Iracema (Foto: Tatiana Fortes) |
Faixas
com palavras de ordem contra Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o PT
dividiram espaço com bandeiras do Brasil na Praça Portugal, ontem. O protesto
foi embalado por manifestações que pediam o impeachment da presidente e “o fim
do comunismo no País”; aclamavam Sérgio Moro, juiz federal responsável pela
Operação Lava Jato; e cantavam músicas em ritmo de axé que falavam do orgulho
de ser brasileiro e debochavam de discursos de Dilma.
Pelo
menos 15 mil pessoas participaram do ato em Fortaleza, segundo a Polícia
Militar – dez mil a menos que a estimativa do mesmo órgão sobre a manifestação
que aconteceu em abril na Capital. O número, para os organizadores do evento,
foi de 50 mil. Com concentração marcada para 14 horas na praça, o protesto teve
fim por volta de 19 horas, no aterro da Praia de Iracema.
Se
pouparam o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o
presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) esteve presente em muitas
queixas. Já o grito contra a corrupção se juntou ao coro contra o comunismo e o
socialismo. “Nossa bandeira jamais será vermelha”, dizia uma faixa da
manifestação. Em meio ao verde e o amarelo prevalecentes, a cor só aparece em
cartazes de repúdio ao regime e ao PT.
Petrus
Uchoa, estudante universitário, diz que protesta principalmente contra a
“destruição cultural” que o PT causou no País. Ele diz não acreditar que o
impeachment seja a solução, mas ao menos uma “medida punitiva de resposta do
povo” ao governo.
A
intervenção militar também esteve entre as reivindicações. Davi Azim,
aposentado de 63 anos, defende que ela não deve ser confundida com ditadura ou
golpe, mas é apenas uma “assepsia em todos os poderes infectados pelo comunismo
e posteriormente realizar novas eleições”.
Parlamentares
de oposição ao governo do PT estiveram no local apoiando o movimento. O
deputado estadual Carlos Matos (PSDB) afirmou que a população está “indignada
com o que está acontecendo no País”. Segundo ele, a baixa aprovação da
presidente Dilma Rousseff a obriga apresentar uma nova agenda ao Brasil. “Ela
praticamente não está reagindo àquilo que está acontecendo no País”.
Já
o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) declarou que “mais uma vez o
povo cearense compareceu à mobilização pelo grau de consciência que tem em
relação ao desmando que vem acontecendo no País”. Matos alegou que a presidente
“mentiu” para vencer as eleições e culpa o fracasso da gestão na crise
internacional e na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
De
um partido da base de apoio ao governo no Congresso, o deputado Danilo Forte
(PMDB) esteve presente e declarou que a atitude mais “nobre” da presidente
Dilma diante dos protestos seria renunciar ao mandato. O parlamentar afirmou
que “Dilma não tem credibilidade mais para conduzir a nação”, e que falta
condições para mudar o rumo da economia.
Com
informações O Povo Online
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