Mesquita em reunião do Conselho de Ética (Foto: Eliomar de Lima) |
O
Conselho de Ética do PMDB do Ceará se reuniu, ontem (23/07) e decidiu
expulsar o vereador Carlos Mesquita dos quadros do partido. O vereador, que
teria cometido infidelidade partidária ao apoiar Camilo Santana (PT) na eleição
passada, terá seu mandato cobrado pela sigla. Mesquita que já foi presidente da Câmara Municipal de Fortaleza ainda pode recorrer ao
PMDB nacional em Brasília.
A
expulsão do parlamentar foi aprovada em relatório apresentado pelo advogado
Fernando Férrer. No texto, é destacado que, no dia do 1º turno da eleição de
2015, Mesquita foi detido em um veículo portando diversos materiais de Camilo
Santana (PT), Ivo Gomes (Pros), Mauro Filho (Pros) “e outros, todos candidatos
contrários a candidatura do PMDB”.
Na
eleição passada, o partido apoiou Eunício Oliveira (PMDB) para o governo do
Estado. “O representado (Mesquita), em seu depoimento pessoal, demonstrou
ardilosidade infantil, quando indagado sobre quem teria apoiado para
governador, chegando ao absurdo de zombar da inteligência alheia ao perguntar
do que se trata ‘apoio’”, diz o relatório.
Mesquita
tem agora até cinco dias para recorrer da decisão na direção nacional do PMDB,
em Brasília. A instância superior, no entanto, tem como um de seus principais
diretores o próprio Eunício. Na pauta do Conselho de Ética, estão ainda outros
“infieis” na eleição passada, como o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB).
Em
contato com o Blog do Eliomar, o vereador Carlos Mesquita lamentou a decisão do
Conselho de Etica, observando que não há provas apontado para uma possível
infidelidade sua na campanha de 2014.
Mesmo
assim, ele se disse “aliviado” de toda essa situação, pois se define como
vítima da perseguição dos “coronéis” do PMDB, no caso o senador Eunício
Oliveira e o presidente interino do PMDB e vice-prefeito de Fortaleza,
Gaudêncio Lucena.
Mesquita lamentou também a forma como foi
tratado lembrando que na
campanha para deputado estadual até o número que escolhera para a disputa lhe
foi tomado e dado para o hoje deputado estadual Audic Mota.
Carlos
Mesquita definiu o PMDB sob comando de Eunício como uma ditadura e até
ironizou: “O presidente do Conselho de Ética é ligado a Eunício e o relator do
parecer – Fernando Férrer, é advogado
das empresas dele”.
Com
informações O Povo Online
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