Frutas
é o segundo principal produto exportado pelo Ceará (Edimar Soares)
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Com
a economia interna arrefecida, setores passam a voltar-se para o externo e há
perspectiva de reverter o período de retração na exportação do Ceará. Dentre as
potencialidades que estimulam as vendas para o exterior, estão a boa
localização geográfica - próximo da Europa, África e América do Norte, portos
do Pecém e Mucuripe, a primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do
Brasil.
Na
pauta de exportação, destacam-se calçados, que movimentaram, no acumulado do
ano, US$ 127,6 milhões, peles e couros com US$ 92,5 milhões, frutas, US$ 70,3
milhões, e gorduras/óleos animais e vegetais, com US$ 36,7 milhões. Os dados
são da pesquisa Ceará em Comex de junho, do Centro Internacional de Negócios do
Ceará (CIN) da Federação das Indústrias do Estado (Fiec).
Mas
além das potencialidades, há que se aproveitar também o que o momento oferece,
como o dólar acima dos R$ 3, favorável para quem quer exportar. “A partir do
momento em que o dólar passou a ser mais valorizado, ficou mais atrativo para
que as empresas possam participar do comércio internacional”, enfatiza Marta
Campêlo, gestora do projeto de internacionalização das micro e pequenas
empresas do Sebrae Ceará.
É
bem verdade que a economia mundial passa por momentos de turbulência e as
exportações do Estado se retraíram. Para se ter uma ideia, os três principais
produtos exportados tiverem queda nas vendas em relação ao ano passado. O
segmento de calçados teve redução de 14,6%, peles e couros perdeu 13,8%, a
retração nas exportações de frutas foi de 10,9%. No acumulado do ano, o
comércio exterior caiu 36,1% e o Ceará figura na 17ª posição entre exportadores
do Brasil, ante a 14ª em 2014.
Mesmo
assim, os investimentos das empresas no exterior continuam, pois ainda há
mercado consumidor por conquistar. O Ceará é o estado brasileiro com maior
número de médias empresas exportadoras, com participação de 10,4% no total
nacional. Ano passado, 299 empresas do Ceará exportaram cerca de US$ 1,5
bilhão, sendo 52 microempresas, 71 pequenas empresas, 67 médias e 109 grandes.
“Há
ainda, portanto, espaço para o crescimento das exportações do Nordeste, de
forma que o percentual seja semelhante à participação da região no PIB (Produto
Interno Bruto) nacional”, afirma a gerente de Estratégia de Mercados da
Apex-Brasil, Ana Paula Repezza.
E
para ampliar, diz, tem de haver diversificação da pauta de produtos e destinos,
bem como difusão de cultura para qualificar e aumentar o número de empresas
exportadoras, alinhado ao Plano Nacional de Exportações (PNE) 2015-2018 do
Governo Federal.
Na
avaliação de Luiz Roberto Barcelos, diretor institucional da Agrícola Famosa e
presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas
(Abrafrutas) a redução da atividade econômica no Brasil favorecerá as
exportações. “Sentiremos redução no consumo local. As economias do Velho
Continente voltaram a crescer e já estamos sentindo forte demanda pelos nossos
produtos. Por fim, o cenário cambial é favorável à exportação”, declara.
Com
informações O Povo Online
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