A
presidente Dilma Rousseff disse ontem (07/07) que não teme possíveis pedidos de
impedimentos por partidos de oposição e descartou qualquer possibilidade de
renúncia.
“Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Mas não tenho
nenhuma [culpa]. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político”,
disse a presidente em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Para
Dilma, que inicia hoje viagem à Europa, as tentativas de interrupção do seu
mandato são “luta política” e “um tanto quanto golpista”. “Não vou cair. Não
vou, não vou. Isso é moleza, isso é luta política. Se tem uma coisa que eu não
tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me
aterrorizam”, disse a presidente ao ser perguntada sobre um eventual pedido de
impeachment.
Na
entrevista ao jornal, Dilma lembrou dos boatos de que teria tentado suicídio
por causa de pressão que vem sofrendo. “Outro dia postaram que eu tinha tentado
suicídio, que estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi cem mil
vezes pior ser presa e torturada. Vivemos numa democracia. Não dá para achar
que isso aqui seja uma tortura. Não é. É uma luta para construir um país. Não
quis me suicidar na hora em que eles estavam querendo me matar. A troco de quê
vou querer me suicidar agora? É absolutamente desproporcional. Não é da minha
vida”, afirmou.
Sobre
a possibilidade de não terminar o mandato, Dilma ressaltou serem necessárias
provas para pedir a interrupção do mandato de um presidente. “Isso [não
terminar o mandato] do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto
golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da República
tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade,
ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real”, acrescentou.
Perguntada
sobre as prisões dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez
em meio à Operação Lava Jato, Dilma disse considerá-las “estranhas” e voltou a
fazer críticas sobre a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo
Pessoa. “Não costumo analisar ação do Judiciário. Agora, acho estranha [o
pedido de prisão]."
Em
relação às críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua
gestão, Dilma voltou a negar atrito com seu antecessor. “Querido, podem querer,
mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar. O presidente Lula
tem direito de falar o que quiser.”
Ao
ser perguntada sobre o julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas
da União (TCU), a presidenta voltou a negar irregularidades no atraso do
repasse de recursos do Tesouro para os bancos públicos quitarem gastos com
programas sociais ao longo do ano passado. “O governo dará uma resposta
circunstanciada, item a item, para o TCU. Não acho que houve o que nos acusam.
Aliás, é interessante notar que o que nós adotamos foi adotado muitas vezes
antes de nós.”
Com
informações Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.