A
caminhada e corrida no calçadão da Beira Mar foram diferentes. Marcadores de
temperatura registravam 22 graus (Foto: Camila de Almeida)
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O
período de pós-estação chuvosa do Ceará, este ano, está sendo marcado por um
fenômeno chamado Distúrbio Ondulatório Leste, que costuma trazer precipitações
ao Estado entre os meses de junho e julho, podendo chegar a agosto. Ontem
(05/07), choveu em 96 municípios cearenses, com precipitações que chegaram a
140 mm (em Beberibe).
Na
Capital, até as 13 horas, foram 64,4 mm, conforme dados do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet). Apenas duas ocorrências de alagamento foram
registradas pela Defesa Civil do Município (nas vias Coronel Carvalho e
Perimetral).
Os
municípios com as maiores chuvas foram: Solonópole (95 mm), Palmácia (92 mm),
Aracati (89 mm), Guaramiranga (86.4 mm), Ocara (83 mm), Pacajus (83 mm),
Eusébio (81 mm), Cascavel (72.1 mm) e Chorozinho (72 mm).
O
sistema que provoca as chuvas, também chamado de Ondas de Leste, se forma sobre
o Oceano Atlântico e ao chegar próximo ao continente se intensifica e traz
precipitações, principalmente para a zona Leste do Nordeste.
“Dependendo
da intensidade, traz chuvas para o Ceará, nas regiões Central, Jaguaribana e de
faixa litorânea, embora não seja descartada chuva em outras regiões”, explicou
o meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), Leandro Valente Jacinto. Conforme ele, este sistema está se
comportando de forma intensa desde o sábado.
Sua
intensidade, de acordo com o especialista, foi reforçada a partir de condições
atmosféricas como alto vapor de água e ausência de outro sistema com ar seco
que pudesse atrapalhar sua formação. “É normal acontecer neste período, mas tem
sistemas de Onda de Leste que são fracos. Em junho, nós tivemos outros deste,
mas infelizmente as chuvas não foram tão abundantes”, explicou Leandro.
É
possível prever a ocorrência do fenômeno com aproximadamente 24 horas de
antecedência, por depender de condições da atmosfera, podendo sofrer bruscas
variações ao longo de um dia.
A
duração do sistema também não costuma ser grande. De acordo com ele, a previsão
é de que haja chuvas ainda nas regiões Central e Norte do Estado amanhã, mas ao
longo do dia já devem perder a intensidade. “Geralmente, o sistema tem um ou
dois dias de duração sobre uma determinada região. Ele atuou ontem (sábado),
durante a madrugada e deve continuar até mais tarde (do domingo)”, detalhou.
Com
informações O Povo Online
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