Dilma Rousseff e sua equipe reúnem-se com os governadores no Palácio da Alvorada Foto: Ichiro Guerra |
A
presidente Dilma Rousseff enumerou ontem (30/07), durante reunião com
governadores de todos os estados, as causas que levaram à queda da arrecadação
e à redução das receitas nos estados e na União. Ela citou fatos recentes, como
a queda no preço das commodities e o aumento do dólar, que tiveram impacto
sobre os “preços e a inflação”. Dilma ressaltou que ela e os governadores foram
eleitos e fizeram campanha em uma conjuntura “bem mais favorável” do que a
atual.
“Tudo
isso não é desculpa para ninguém: é o fato de nós, como governantes, não
podemos nos dar o luxo de não ver a realidade com olhos muito claros. Não
podemos nos dar o luxo de ignorar a realidade”, disse a presidenta. “Fomos
obrigados, diante dos fatos, a promover o reequilíbrio no Orçamento. Estamos
fazendo esforço grande”, afirmou Dilma, citando os contingenciamentos feitos
pelo governo neste ano. Segundo ela, o objetivo é colocar o Brasil na rota do
crescimento e da geração de emprego.
“Não
nego as dificuldades, mas afirmo que o governo federal tem todas as condições
de enfrentar as dificuldades, os desafios e, em um prazo bem mais curto que
alguns pensam, assistir à retomada da economia brasileira”, afirmou Dilma.
Após
enumerar as causas da atual crise e as medidas que tem adotado, Dilma
complementou que é importante sempre estabelecer parcerias, cooperações e
enfrentar problemas juntos. "Queremos construir parcerias em novo ciclo
desenvolvimento”, acrescentou a presidenta. Segundo ela, uma das parcerias será
no âmbito da segurança pública, para reduzir a criminalidade.
A
presidenta ressaltou também que ela e os governadores foram eleitos em um
processo democrático em 2014, para mandatos de quatro anos, até 2018. Ela defendeu as medidas que vem adotando para
combater a crise econômica, que ocorre em um período de transição para um “novo
ciclo de expansão” e crescimento.
No
início da reunião com os 26 governadores e uma vice-governadora dos estados de
todas as regiões do país, a presidenta destacou o importante papel do encontro
no destino e na condução do país. Dilma disse que ela e os governadores têm um
“grande patrimônio em comum”: o fato de terem sido eleitos em processo
democrático bastante amplo no país.
Segundo
ela, o plano de governo de cada um dos mandatários tem um prazo de execução.
“Todos nós temos deveres em relação à democracia, ao voto democrático popular.
Fomos eleitos na última e maior mobilização democrática e, nessas eleições,
assumimos compromissos perante o país e nossos eleitores. Esses compromissos
expressos no plano de governo dão um quadro que temos de desenvolver com todas
as ações, iniciativas e projetos, realizando esses compromissos no horizonte,
no marco e ao longo do nosso período de governo de quatro anos – portanto até
2018.”
Durante
a reunião entre a presidenta e os governadores, no Palácio da Alvorada, o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fará uma exposição sobre o tema da
segurança. Dilma convidou também o ministro da Secretaria de Aviação Civil,
Eliseu Padilha, que auxilia a articulação política do governo, para explicar as
medidas de impacto econômico em análise no Congresso Nacional.
De
acordo com o governador de Rondônia, Confúcio Moura, alguns mandatários foram
escalados para falar sobre temas preestabelecidos. O acordo foi feito durante
reunião prévia entre os governadores da base aliada, em um hotel de Brasília. O
governador do Maranhão, Flávio Dino, falará sobre estabilidade política, e o da
Paraíba, Ricardo Coutinho, sobre desenvolvimento econômico.
“Estamos
fazendo uma travessia para levar o Brasil a um lugar melhor, estamos atualizando
as bases da economia e vamos voltar a crescer com todo nosso potencial”,
prometeu Dilma aos governadores, ao final de sua fala.
Com
informações Agência Brasil
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