O
novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), Antônio
Abelardo Benevides Moraes, afirma que eleições unificadas para as três esferas
do poder seriam impraticáveis.
O tópico faz parte da reforma política que
tramita na Câmara dos Deputados. O desembargador tomou posse do cargo ontem no
Tribunal de Justiça.
“O
ministro Dias Toffoli disse que fizeram um cálculo que eleições unificadas
teriam em torno de 3 milhões de candidatos. Eu acho inviável, impraticável”,
diz Benevides Moraes. A declaração reflete um posicionamento oficial do Colégio
de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Ainda
sobre a reforma política, o desembargador argumenta que o financiamento
exclusivamente público de campanha pode atrair mais corrupção. A proposta prevê
que todos os candidatos recebam recursos públicos para realizar suas campanhas.
“Quantos
não se candidatariam para receber esse recurso sem gastar um tostão ou ter
nenhum voto?”, pondera. Já o financiamento de empresas, afirma, teria de ser
vigiado de perto e regulamentado.
A
corregedora e nova vice-presidente TRE, Maria Nailde Pinheiro Nogueira, afirma
que, se aprovado na Câmara, o voto distrital para 2016 poderia causar um
tumulto técnico. “Precisamos educar as pessoas que trabalham neste assunto”,
destaca.
Só
o processo de rezoneamento eleitoral, que entra em prática a partir de julho,
levou 18 anos meses de trabalho para ser elaborado. O voto distrital requereria
ainda mais esforço do órgão em pouco tempo.
Com
informações O Povo Online
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