A
presidente Dilma Rousseff vetou, na noite de ontem (17/06), o texto aprovado
pelo Congresso Nacional, que institui a fórmula 85/95 para cálculo das
aposentadorias. No lugar do projeto do Congresso, o governo vai apresentar
medida provisória MP que mantém a fórmula e propõe uma regra de
progressividade, com base na expectativa de vida do cidadão.
Em
nota, o governo diz que a nova proposta “visa garantir a sustentabilidade da
Previdência Social”.
“A
presidenta Dilma Rousseff veta o Projeto de Lei de Conversão 4/2015 e edita
medida provisória que assegura a regra de 85 pontos (idade+tempo de contribuição
para mulheres) e 95 pontos (idade+tempo de contribuição para homens), que fora
aprovada pelo Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, introduz a regra da
progressividade, baseada na mudança de expectativa de vida e, ao fazê-lo, visa
garantir a sustentabilidade da Previdência Social”, diz a nota divulgada pela
assessoria do Palácio do Planalto.
Antes
da decisão de Dilma, integrantes do governo se reuniram durante cerca de três
horas para formular a proposta. Em seguida, ela foi apresentada às centrais
sindicais pelo ministro da Previdência Social, Carlos Gabas. Depois, Gabas, o
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, outras autoridades do governo foram ao
Congresso Nacional, onde se encontraram com o presidente da Casa, senador Renan
Calheiros (PMDB-AL).
O
ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto,
divulgou nota dizendo que a decisão da presidenta “atende à reivindicação das
centrais sindicais e a uma posição do Congresso Nacional”. Ele disse ainda que
“a Previdência tem que ser sustentável, a progressividade na regra 85/95
garante os direitos dessa geração e das gerações futuras”.
Em
nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reagiu à proposta. Ele que
o governo “demonstra sua total insensibilidade social, e mais uma vez perde uma
ótima oportunidade de ampliar os direitos dos trabalhadores”. Torres ressaltou
que “vai continuar e intensificar as mobilizações e lutas, inclusive no
Congresso Nacional, trabalhando arduamente para derrubar o veto presidencial,
que será apreciado em breve”.
Esta
semana o governo enfrentou a rejeição das centrais sindicais, quando promoveu
um encontro para dizer que a aplicação da fórmula 85/95 deixaria Previdência
Social “insustentável” a longo prazo.
Os
representantes dos trabalhadores não ficaram satisfeitos com a explicação do
ministro e fizeram uma vigília em frente ao Palácio do Planalto em defesa da
fórmula 85/95.
No
Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), evitou comentar a decisão de Dilma. “Se a ideia é boa, isso será
avaliado pela reação dos parlamentares”, declarou Cunha.
Membros
do governo darão logo mais às 9h, uma entrevista à imprensa para detalhar a
regra da progressividade.
Com
informações Agência Brasil
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