Em
sua primeira aparição pública desde que pediu exoneração no Ministério da
Educação em março, o ex-governador Cid Gomes (Pros) falou sobre especulações de
nova mudança de partido e negou ter interesse em deixar o Pros.
Após reclusão
para “viver a vida pessoal”, Cid retorna ao cenário político para articular
situação de correligionários que disputarão o pleito de 2016. Ele esteve ontem
no encontro promovido pelo governador Camilo Santana (PT) no Palácio da
Abolição em prol do hub da TAM em Fortaleza.
“Eu
estava vivendo a minha vida pessoal. Tenho filhos para criar, tenho mulher para
cuidar, tenho trabalhos pessoais. A política é para quem está com mandato”,
afirmou Cid. Sem dar entrevistas desde a polêmica saída do Ministério após
desentendimento com deputados federais, o ex-governador fez ponderações sobre o
futuro de seu grupo político e sobre problemas recentes da atual gestão
estadual.
“Não
tenho o menor gosto em cogitar saída de partido, minha história partidária não
é das melhores. É uma questão que tem de ser decidida coletivamente”, ponderou
Cid. A relação das lideranças estaduais do Pros com integrantes nacionais da
sigla tem se desgastado desde pouco depois da entrada dos cearenses, que
deixaram o PSB em outubro de 2013.
A
baixa representatividade do Pros prejudica o tempo de propaganda partidária no
rádio e na TV em 2016. “Temos eleições municipais no ano que vem. A agenda dos
candidatos a prefeito e vereador é a mais emergente nessa questão partidária.
Eu pessoalmente não tenho nenhuma preocupação porque não serei candidato, mas
tenho muitos amigos que serão candidatos à reeleição”, disse Cid. A situação
mais emblemática da permanência no Pros é do prefeito de Fortaleza, Roberto
Cláudio, afilhado político dos Ferreira Gomes.
Cid
Gomes falou ainda do cancelamento da obra da refinaria no Ceará e da semelhança
entre as expectativas do projeto do hub e da obra da Petrobras. Ele ressaltou
que Camilo juntamente com outras lideranças políticas tem viabilizado
investimentos privados para a refinaria. Para ele, refinaria e hub são projetos
distintos.
O
ex-ministro se eximiu de comentar o atraso nas obras de reforma do aeroporto
Pinto Martins e pontuou que a inclusão do equipamento nas concessões do Governo
Federal anula as discussões do passado. “Haverá outros obstáculos até o final
do ano, é importante a permanência da mobilização de diversos setores”, disse
Cid sobre o hub.
Em
relação à crise na saúde e a discussão com o Ministério da Saúde sobre o
financiamento de equipamentos no Estado, Cid afirmou que a pasta acompanhou
todas as obras do Estado, inclusive, com a presença do ex-ministro Alexandre
Padilha em eventos de inauguração. “Houve tentativa de trazer a verba, mas
temos limitações, consegui recurso para construção, mas a necessidade da
população não pode esperar que haja um programa federal”, pontuou.
Com
informações O Povo Online
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