Governador em reunião com a cúpula do TJ e Defensoria Pública (Foto: Carlos Gibaja) |
O
governo Camilo Santana (PT) chega aos 100 dias tentando primar pelo diálogo e
conter a crise financeira, apesar de apresentar poucos projetos próprios. De um
lado, a oposição cobra resultados concretos. De outro, os aliados seguem
otimistas com o início da gestão petista.
O
atual governador tem buscado se aproximar de setores da sociedade, como
policiais, servidores públicos e empresários. Apesar de ter perdido o
secretário executivo de Segurança Pública logo no começo do governo, Camilo tem
participado de negociações com cúpulas da Secretaria. “Ele vai encaminhar uma
lei de promoções dos policiais para a Assembleia”, afirma o líder de governo
Evandro Leitão (PDT).
Para
o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto
Studart, o perfil do governador tem se mostrado relevante. “Percebemos que o
Camilo trouxe a marca do diálogo para o Executivo Estadual, o que é muito
positivo. Ainda que não tenhamos tantos resultados concretos, o que é natural
para o tempo de gestão”, afirma .
Mesmo
diante de corte do governo de até 25% na máquina administrativa, o
coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual,
Flavio Remos, tem expectativas positivas sobre a gestão de Camilo. “Nossa
esperança é que, pela formação política dele, haja um tratamento melhor para com
os servidores públicos. Esperamos que ele comece a conversar com os representes
sindicais em breve”, afirma Remos.
Na
atual legislatura, diferentemente da anterior, a oposição, mais numerosa e
qualificada, tem exigido mais esforço e energia do Palácio da Abolição. Leitão
destaca a boa comunicação do Executivo Estadual e as ações voltadas para “áreas
delicadas”. Segundo o deputado estadual, Camilo tem se dedicado a atenuar as
consequências dos quatro anos de estiagem.
“Estamos
numa das piores secas dos últimos 50 anos. O governador lançou programas de
combate à seca, com construção de adutoras, leilão reverso de poços profundo e
a continuidade do Cinturão das Águas”, afirma.
Em
contrapartida, o senador Eunício Oliveira (PMDB) critica a “falta de
compromisso” dos primeiros 100 dias de governo. Para o líder peemedebista,
derrotado por Camilo nas eleições 2014, problemas na saúde pública e a
paralisação de obras estão entre as principais falhas da gestão.
“Duas
das principais obras do Estado, o Anel Viário e o Centro de Formação Olímpica,
estão paralisadas por falta de pagamento à empresa responsável”, diz Eunício.
Embora
o chefe de gabinete do governo, Élcio Batista, assegure que as investigações da
Lava Jato não afetarão o Ceará, a paralisação das obras é reflexo da crise
política que atinge o governo da correligionária Dilma Rousseff. As obras
paralisadas eram de uma das empresas investidas no escândalo.
Com
informações O Povo Online
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