Camilo
Santana tenta atender aliados com nomeações, mas muitos cargos ainda não foram
preenchidos pelo governo (Foto: Mauri Melo)
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O
processo de preenchimento dos cargos de 2º e 3º escalões no governo Camilo
Santana (PT) tem apresentado dificuldades aparentemente maiores do que em
gestões anteriores. Mesmo que o discurso oficial, originário do Palácio da
Abolição, tente aparentar o contrário e indique um ritmo de normalidade, com
registro dos problemas que se considera naturais a um processo de preenchimento
de cargos no começo de uma gestão. Na semana passada, foi divulgada lista com
12 nomes para vários órgãos que permaneciam entregues a interinos.
Um
dos partidos que apresenta quadro interno de incômodo com a situação é o
próprio PT do governador. Segundo se queixa o deputado estadual Elmano de
Freitas, não se fez discussão acerca do assunto em nenhuma de instância. “Acho
que o partido deveria ter tido reunião com os grupos internos no sentido de
considerar as principais políticas que acreditamos, e, a partir daí, fazer as
indicações”. Para o petista, o atual comportamento é “uma falha de todo o
partido”. “A discussão está perdida”, conta. Elmano, no entanto, elogiou a
recente indicação de Eduardo Barbosa para o Instituto de Desenvolvimento
Agrário do Ceará (Idace).
Outra
queixa parte do PSD, onde o presidente estadual, Almircy Pinto, é mais incisivo
na crítica à postura do próprio governo, que acusa de fragilizar o diálogo.
Segundo ele anuncia, a direção partidária quer reunir os deputados para avaliar
a situação. A relação, adverte ele, pode até ficar estremecida caso as
conversas não fluam, conforme contou Almircy.
O
deputado estadual Wellington Landim (Pros) afirmou ao O POVO que o partido não
reivindica cargos. “Essa decisão (de indicação) é inteiramente do governador”.
O parlamentar disse ainda que os nomes da legenda que estão no comando de
órgãos não foram indicação do partido nem do ex-governador Cid Gomes (Pros). O
deputado afastou qualquer possibilidade de insatisfação com a gestão do
petista. “Não existe insatisfação, não existe nada. Esse boato que o Pros está
insatisfeito não passa de boataria, o Pros está mais bem alinhado (com Camilo)
do que o próprio PT”.
Presidente
estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo diz que ainda não
conversou com o governo sobre o assunto. Figueiredo adianta, no entanto, que o
partido gostaria de manter, pelo menos, os comandos que já possui. O pedetista
citou, por exemplo, o comando da direção do Hospital José Martiniano de Alencar
e a Coordenação de Igualdade Racial. Segundo André, as preferências são
pontuais e se justificam mais “pelas questões técnicas do que políticas”.
Com
informações O Povo Online
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