O
senador Tasso Jereissati (PSDB) afirmou ontem que a crise pela qual passa o
governo Dilma Rousseff (PT) é complicada, mas que o impeachment à presidente,
no momento, “não é o caminho”.
A declaração foi dada ontem, durante palestra
proferida no 6º Congresso do Ministério Público da Região Nordeste. O
grão-tucano diz que o impedimento da presidente “é uma coisa que não se pode
propor assim, de uma maneira tão simples”.
Tasso
atribui a campanha em defesa da saída de Dilma do Planalto a uma suposta
“descrença na classe política”. Isso levaria ao flerte com saídas extremas,
como o impeachment e o retorno dos militares ao poder. O senador, entretanto,
afirmou a jornalistas que “é preciso esperar para saber o que vai ocorrer no
campo jurídico”.
A
fala de Tasso ganha dimensão em virtude da figura que ele encarna. O tucano foi
o principal cabo eleitoral de Aécio Neves (PSDB) no Estado e é uma das fortes
figuras da oposição a Dilma. Sua temporada fora do Senado, de 2011 ao início
2015, foi patrocinada por um esforço pessoal do então presidente Lula (PT) e,
desde seu retorno, foi apontado, juntamente com os correligionários Aécio e
José Serra (PSDB), como uma linha de frente da oposição ao governo na Câmara
Alta.
As
investigações da Operação Lava Jato são classificadas pelo ex-governador do
Ceará como um “terremoto”. Durante a palestra, Tasso chegou a afirmar que não
havia visto uma crise das proporções que assumiram as deste início de segundo
governo Dilma. A esperança do senador é de que ela sirva para “passar a limpo”
a vida pública brasileira.
O
tucano afirma também que o Senado ainda não tem muita clareza em relação à
situação desenhada pelas investigações. “A gente está aguardando ainda o que
está vindo da Justiça”, afirma. De acordo com Tasso, a próxima semana será
fundamental.
Com
informações O Povo Online
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