O ex-presidente Lula e o presidente do Partido Rui Falcão (Foto: Gabriela Bilo) |
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou ontem (30/03) manifesto, aprovado pelos 27 diretórios estaduais, em que
diz “está sob forte ataque”. O documento foi divulgado durante reunião da
Executiva do partido, em um hotel da zona sul de São Paulo. A legenda destaca
que não é a primeira vez que passa por essa situação e lembra o caso do
sequestro do empresário Abílio Diniz, em dezembro de 1989, quando foi acusada
pelo ato. O texto diz ainda que "nunca como antes, porém, a ofensiva de
agora é uma campanha de cerco e aniquilamento” e que o atual movimento contra o
partido busca criminalizá-lo.
A
sigla não cita quem seriam os culpados pelo ataque, mas dirige as críticas aos
“maus perdedores no jogo democrático” que “tentam agora reverter, sem eleições,
o resultado eleitoral”. Segundo a legenda, tentam “fazer do PT um bode
expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia”.
“Condenam-nos
não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne
milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o
PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de
brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso
de milhares de negros e pobres nas universidades.”
No
documento, o partido diz ainda que é favorável às investigações, como a que
envolve a Petrobras, e afirma que, caso algum filiado seja condenado em
“virtude de eventuais falcatruas”, será excluído do partido. O PT ressalta que,
durante o seu próximo congresso da agremiação "Caberá à legenda se
reencontrar com o PT dos anos 1980, quando nos constituímos num partido com
vocação democrática e transformação da sociedade”. A ideia, segundo os membros
do PT, é que o congresso faça o partido retomar sua “radicalidade política, seu
caráter plural e não dogmático”.
O
manifesto defende que o partido pratique a política cotidiana, mais presente na
vida do povo, “no dia a dia dos trabalhadores”, e que reate sua ligação com os
movimentos sociais, a juventude, os intelectuais e as organizações sociais.
“Todos inicialmente representados em nossas instâncias e hoje alheios,
indiferentes ou até hostis, em virtude de alguns erros políticos cometidos
nessa trajetória de quase 35 anos”.
Ao
fim do documento, os membros da Executiva listam uma série de dez propostas,
entre elas, a promoção de debates e mobilizações em torno do PT e de suas
bandeiras históricas; a defesa do legado político-administrativo do partido e
do governo da presidenta Dilma Rousseff; e a articulação de uma frente de
partidos, centrais sindicais e movimentos sociais “unificados em torno de uma
plataforma de mudanças”, e que defendam a reforma política e tributária, além
da democratização da mídia.
Além
disso, propõem a orientação da bancada do PT no Congresso Nacional para votar o
imposto sobre grandes fortunas; a busca por novas formas de financiamento para
o Sistema Único da Saúde (SUS); o apoio a uma ampla reforma educacional; o
combate à corrupção; e a luta pela integração política, econômica e cultural
dos povos da América. “O momento não é de pessimismo; é de reavivar as
esperanças”, finaliza o manifesto.
Com
informações Agência Brasil
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