O
governador Camilo Santana (PT) afirmou que o PMDB, partido que está na base de
apoio do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), “muitas vezes não se
comporta como base aliada”.
Para o petista, o do partido do vice-presidente da
República, Michel Temer, “muitas vezes está pensando mais no espaço que ocupa
(no governo) que no projeto nacional do Brasil”. No Ceará, o PMDB faz oposição
ao atual Governo do Estado. A entrevista foi concedida à Agência Estado.
Camilo
defendeu o fortalecimento de siglas como o Pros e PDT que, segundo ele, estão “realmente
em defesa do governo Dilma”. “O PMDB faz parte da base aliada, mas muitas vezes
não se comporta como base aliada. Essa é que é a grande verdade. A política é
feita para que tenhamos o olhar republicano, para que olhemos para o Brasil.
Mas o PMDB muitas vezes está pensando mais no espaço que ocupa do que no
projeto nacional do Brasil”, disparou.
Recentemente,
o ex-governador e atual ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), juntamente com
o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), se articulavam no sentido de
ressuscitar o PL para fortalecer a gestão da presidente e deixar de depender do
PMDB para governar.
Em
janeiro, Cid defendeu “a criação de dois partidos para fortalecer a base, um de
centro, outro de centro-esquerda”. Santana, no entanto, diz ser contra a
criação do PL. “Só conseguiremos superar o que vivemos hoje no Congresso, nas
relações políticas, com a reforma política”, destacou.
O
senador Eunício Oliveira (PMDB) criticou as declarações do petista. Para o
líder do PMDB no Senado Federal, o chefe do Executivo estadual “errou de sigla”
nas declarações à imprensa em que criticava o PMDB. Segundo ele, Camilo deveria
“estar falando do PT”. Eunício afirmou que o seu partido não tem compromisso
com o PT, e sim com o Brasil.
Após
ser derrotado em outubro de 2014 quando tentava se eleger governador do Ceará
pelo PMDB, Eunício Oliveira conduziu o partido no Estado para a condição de
opositor ao grupo dos irmãos Ferreira Gomes, que conseguiu eleger Camilo
Santana chefe do Palácio da Abolição.
Com
seis parlamentares fazendo oposição ao petista na Assembleia Legislativa, o
partido do senador tem o deputado estadual Audic Mota autor do requerimento que
pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para
apurar a obra do Acquario Ceará, projeto herdado do governo Cid. O requerimento
ainda não tem o número de assinaturas necessárias.
Com
informações O Povo Online
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