Para
aliados, a saída de Cid Gomes (Pros) do Ministério da Educação (MEC) na última
quarta-feira (18/03), deve fortalecê-lo tanto no cenário político local como no
nacional.
De
acordo com o deputado estadual Wellington Landim (Pros), que estava nas
galerias da Câmara durante o bate-boca entre Cid e o presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-governador do Ceará se cacifa inclusive para voos
maiores em 2018.
“A
gente está vendo que a sociedade está querendo mudança, querendo renovação. E o
Cid pode falar para eles”, declara.
Segundo
Landim, a tumultuada sessão que resultou na demissão de Cid foi uma “armação”
para que apenas críticos do cearense tivessem a palavra. “Já fui presidente da
Assembleia Legislativa. Quem deveria ter falado eram os deputados inscritos.
Ele (Cunha) colocou os líderes”, ataca.
Prefeito
de Sobral, Clodoveu Arruda (PT), que também compareceu à sessão, classificou a
atitude de Cid como “histórica” - no plenário, o ex-ministro reiterou a
acusação de que havia ali “400 ou 300 achacadores”.
“É
a primeira vez que um ministro comparece ao plenário da Câmara para reafirmar o
que havia dito (ao invés de se desculpar)”, disse Clodoveu.
Conforme
o prefeito, Cid também sai fortalecido. “Se a condução dele no ministério
mostrou sua grandeza como gestor, a atitude o fez maior ainda, pois isso
demonstrou desapego”, declarou. E acrescenta que a sociedade brasileira está em
processo de renovação de suas lideranças. “O guia dessa nova geração não pode
ser o Eduardo Cunha. Precisa ser pessoas como o Cid.”
Para
os dois aliados, ao deixar o posto de ministro, Cid não se enfraquece. “Não é
só quem está no exercício de um mandato que pode ter papel relevante”, afirma o
prefeito de Sobral.
Enquanto
Arruda preferiu não especular sobre quais devem ser os próximos passos de Cid,
Wellington Landim diz que o ex-governador possivelmente deve retomar seu
projeto de passar uma temporada nos Estados Unidos, plano inicial de Cid anes
de assumir o MEC. Perguntado se isso não poderia reduzir sua influência na cena
política local, ele disse que “não será um ano que vai fazer isso”.
A
assessoria informou que o ex-ministro continua em seu apartamento, em
Fortaleza, e que não terá reuniões políticas nos próximos dias.
Com
informações O Povo Online
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