Em
cada dez municípios cearenses, sete não conseguiram atingir a meta de
Matemática para o 9° ano do Ensino Fundamental na escola pública em 2013. O
diagnóstico é do movimento Todos pela Educação (TPE), que compila resultados da
Prova Brasil, aplicada a cada dois anos, e avalia índices de aprendizagem de
alunos de escolas públicas municipais, estaduais e federais em Matemática e
Língua Portuguesa, no 5º e no 9º ano. Segundo o levantamento, o percentual de
escolas que atingiram meta de Matemática para o 9º ano no Ceará caiu de 51,1%
em 2011 para 28,3% em 2013. Ainda assim, o índice é o melhor do País.
Em
Língua Portuguesa, o percentual de municípios cearenses que atingiram a meta
também caiu no 9º ano. Passou de 79,9% em 2011 para 60,3% em 2013. Apesar da
queda, o Ceará fica em segundo lugar no ranking, atrás apenas do Acre. Os
números do Ceará são melhores para o 5° ano: 87% municípios alcançaram a meta
para Matemática e 78,8% para Língua Portuguesa.
A
queda nas últimas séries tem raiz em múltiplos fatores. O desinteresse passa
pelas mudanças da adolescência e por um ensino dissociado da realidade do
aluno, como avalia Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Todos pela
Educação. “Precisa haver uma grande reforma para repensar o currículo, ainda do
século 19, e como ele é ensinado aos jovens de hoje”, frisa. Concentrar
esforços nestes jovens entre 15 e 16 anos é também estruturar a carreira dos
professores, ampliar a educação integral e unificar currículos da rede pública
em base comum, opina.
Segundo
o titular da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), Maurício Holanda, os
indicadores não avaliam a evolução média dos alunos e equiparam municípios com
realidades distintas. “Falamos de quantas cidades atingem ou não as metas.
Mesmo assim, há o alerta em todo o Brasil porque menos municípios conseguem”,
enfatiza.
Conforme
defende, o Ceará tem médias superiores às nacionais devido ao trabalho da
Coordenadoria de Cooperação com os Municípios, criada em 2007 para dar suporte
técnico e financeiro às cidades, da pré-escola ao 5° ano do Ensino Fundamental.
Investir nesta política do 6° ao 9° ano no Ceará é necessário para melhorar o
desempenho nas últimas séries, avalia. Outra medida apontada é focar o ensino
em tempo integral, além de melhorar a estrutura física e pedagógica das
escolas.
Com
informações O Povo Online
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