O ex-deputado estadual Cleovan Siqueira (GO) colhe assinaturas para o PL (Foto: Divulgação) |
Os
organizadores do que pode se tornar o 33º. partido brasileiro esperam entrar com
pedido de registro para o Partido Liberal em fevereiro no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) e pretendem, ao nascer, ter uma bancada de até 30 deputados
federais e três senadores.
O presidente
da Executiva do PL, Cleovan Siqueira, atualmente é filiado
ao PSD de Goiás, se candidatou a deputado federal pelo partido na
eleição do ano passado sem sucesso. Colega de Kassab no antigo PL, extinto em
2006 após a fusão com o Prona que deu origem ao PR, também tem relação com o
ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, de quem foi
coordenador da campanha presidencial na Região Centro-Oeste em 1989.
Siqueira
garante que o partido já tem 400 mil assinaturas registradas em cartório para a
criação do partido e espera terminar janeiro com as cerca de 500 mil assinaturas
necessárias para formalizar a legenda.
Sem
querer revelar nomes ou os partidos a que pertencem, ele assegura ainda que o
partido nascerá com uma bancada de entre 20 e 30 deputados e que a sigla já tem
"pelo menos três senadores já conversados, dois governadores, três
prefeitos de capitais".
Segundo
resolução do TSE a criação de um novo partido é uma "justa causa" que
permite a troca de partido por políticos com mandato. Ou seja, qualquer
parlamentar pode se desfiliar de sua sigla para aderir a uma nova legenda sem correr
o risco de ter seu mandato requisitado na Justiça Eleitoral pelo partido de
origem.
Kassab,
que tem experiência na formação de novos partidos, é apontado como o mentor por
trás da refundação do PL e posterior fusão com seu PSD, partido que criou em 2011
e cuja formalização promoveu uma grande desidratação de sua antiga sigla, o
DEM.
A
formalização do PSD foi benéfica para o governo Dilma, que viu o esvaziamento
do segundo maior partido de oposição e a criação de um partido governista que
se tornou a terceira maior bancada da Câmara.
Uma
repetição dessa movimentação, na avaliação do cientista político do Insper
Carlos Melo, é uma tentativa do governo de "reorganizar a coalizão
governista", esvaziando o PMDB e outros partidos aliados cuja obediência ao
Palácio do Planalto é duvidosa.
“A
Dilma não deu o Ministério das Cidades para o Kassab de graça, ela deu com uma
missão muito clara. É um ministério grande, é um ministério com muitos recursos
e o papel do Kassab é tentar, a partir do partido dele, reorganizar a coalizão
governista” diz Melo.
Com
informações Portal R7
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