Camilo na Assembleia para eleição e posse da nova diretoria da Aprece (Foto:
Divulgação)
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Três
dias após a Petrobras anunciar descontinuidade da Refinaria Premium II, o
governador Camilo Santana (PT) disse que irá “cobrar caro” por quaisquer
prejuízos que o Ceará tiver com o fim do projeto. Ao todo, em oito anos, o
Estado investiu mais de R$ 657 milhões em ações ligadas ao projeto. Dizendo
“não abrir mão” do empreendimento, ele se reunirá nos próximos dias com a
presidente Dilma Rousseff (PT) para tentar reverter suspensão definitiva do
projeto.
“Já pedi audiência com a presidenta Dilma,
porque se tem uma coisa que não vamos abrir mão é do compromisso dessa obra com
o povo do Ceará. É claro que, qualquer prejuízo que a Petrobras der ao Ceará,
nós vamos cobrar caro, caro, em relação a isso”, disse Camilo, durante posse da
diretoria da Associação de Prefeitos do Ceará (Aprece).
Questionado
sobre o valor total dos prejuízos com o fim da obra, Camilo disse que quantitativo
é “imensurável”. “Não dá para quantificar. Não é só o prejuízo de você adquirir
um terreno ou uma estrutura. É o prejuízo de todo um investimento que vinha
sendo feito pelo Estado”, ressaltou.
Apesar
do tom e de a Petrobras descartar a obra, Camilo ainda se diz “muito otimista”
com a instalação da Refinaria. “Não é isso que eu quero: receber o dinheiro que
investimos de volta. O que quero é que a Refinaria venha para o nosso Estado”.
Em
discurso no evento da Aprece, Camilo se disse “surpreso” com o boletim
anunciando o fim da obra. Ele pondera que, há poucas semanas, o Governo havia
“injetado” cerca de R$ 300 milhões para serviços de terraplanagem no terreno
destinado ao projeto. “Não faz sentido”.
O
governador disse ainda que, logo que soube do abandono da obra, pediu
esclarecimentos à Petrobras. Ele também conversou, já na quarta-feira, com o
ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, buscando continuidade do
empreendimento.
Camilo
Santana afirmou que deverá, na conversa com Dilma, avaliar alternativas para
evitar o abandono total da obra. O governador, no entanto, evitou dar detalhes
sobre como isso poderia ser feito. “Veríamos como continuar, seja com outros
parceiros, seja dialogando com o governo. Mas ainda é muito cedo para dizer”,
disse.
Com
obra iniciada em 2008, durante o governo Lula (PT), a Premium II estava
prevista para ser instalada dentro da área do Complexo Industrial e Portuário
do Pecém (CIPP), onde a área já se encontra cercada.
De
acordo com a Petrobras, decisão de encerrar o projeto se deu por conta dos
resultados econômicos, má previsão de crescimento dos mercados, além da
ausência parcerias para as refinarias.
Com
informações O Povo Online
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