No
primeiro ato concreto de oposição ao governador eleito Camilo Santana (PT), o
senador Eunício Oliveira (PMDB) posicionou-se ontem contra o movimento
encampado pelo petista pela volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF).
Candidato
derrotado pelo petista em outubro passado, Eunício prometeu agir contra a
proposta. Por tabela, o peemedebista acaba confrontando os outros governadores
petistas eleitos no Nordeste - que articularam a proposta para recriar o
tributo. E também colide com a presidente Dilma Rousseff (PT), que, na última
sexta-feira, 28, em Fortaleza, teria dado aval à mobilização.
“A
CPMF é um dos piores impostos que existe, é perverso, pois atinge inclusive a
população mais pobre, hoje em dia praticamente todo mundo precisa usar de
serviços bancários. Além disso, quando atinge todas as operações financeiras, é
inflacionário uma vez que vai parar no custo das empresas e das mercadorias”,
disse o senador.
Eunício
diz que, enquanto ele for líder do PMDB no Senado, a população “pode ficar
tranquila” que “não haverá” volta do tributo. Para melhorar situação fiscal, o
peemedebista defende austeridade e prioridade nos gastos públicos, além do
controle sobre desperdícios.
“Aumentar
imposto é a solução mais fácil, difícil é cuidar do dinheiro dos
trabalhadores”, argumentou.
Em
reunião com Dilma em Fortaleza na última sexta-feira, 28, Camilo Santana (CE),
Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI) apresentaram proposta de articulação pela
volta do imposto à gestora. A ideia é levar a ação para encontro de
governadores do Nordeste ainda neste mês.
A
articulação para a volta da CPMF também motivou ontem debates no Legislativo
estadual. “Vejo essa mobilização como promissora, importante e positiva para
nós que queremos uma saúde pública melhor”, disse Lula Morais (PCdoB). Apesar
de defender importância dos gastos na saúde, Carlomano Marques (PMDB) disse que
“metade do problema” na área é de má gestão. Ele disse que volta do imposto
seria “extorquir a população”.
Já
o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) afirmou que a volta da CMPF
seria agir “na contramão” do interesse da população.
Com
informações O Povo Online
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