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2 de dezembro de 2014

Cresce a expectativa de vida dos cearenses

Grupo de Senhoras em Altaneira acima da média cearense (Foto: João Alves)
A expectativa de vida da população cearense é de 73,2 anos, segundo estimativa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado é referente a 2013 e coloca o Estado como o 13º no ranking nacional de esperança de vida ao nascer. Quando comparamos o tempo médio de vida dos cearenses com o dado do Brasil (74,9 anos), entretanto, o Estado apresenta 1,7 ano menos no tempo de vida. 

Apesar de estar abaixo da média nacional, o Ceará conseguiu melhorar a expectativa de vida no intervalo de tempo analisado pelo IBGE. Em 1980, o cearense tinha média de vida de 59 anos. Houve, portanto, crescimento de 14,2 nos últimos 33 anos. O acréscimo na média do País foi de 12,4 anos. As estatísticas foram divulgadas nas Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2013, do IBGE.

As mulheres vêm liderando, historicamente, a esperança de vida ao nascer. Em 2013, a expectativa registrada entre a população feminina cearense foi de 77,2 anos, enquanto entre os homens foi de 69,2 anos.

Para o fundador do Instituto para a Qualidade de Vida, Antero Coelho Neto, a diferença é justificada por uma série de comportamentos adotados pelas mulheres. “Em geral, elas têm mais cuidado com a própria vida do que os homens. Ingerem menor quantidade de bebida alcoólica, utilizam menos cigarros, cuidam da saúde. E alguns fatores genéticos ajudam na longevidade”, destaca.

O médico lembra ainda que o incremento nas políticas públicas de saúde - com vacinação e descoberta de curas para doenças - colaborou com o aumento nos anos vividos pela população em geral.

Quando comparamos o Ceará aos outros estados do Nordeste, ele ocupa a quinta colocação na esperança de vida ao nascer para ambos os sexos.

Segundo Ana Lúcia Gondim, presidente da Associação Cearense Pró-Idosos (Acepi), apesar dos crescimentos, ainda é necessário realizar ampliação maciça nas políticas públicas para os idosos. “Nós temos ações pontuais, mas não temos uma política abrangente de esclarecimento, orientação, estímulos para a incorporação de novos hábitos de vida. A gente fica trabalhando muito em uma rotina curativa e não preventiva”, comenta Ana Lúcia, que também é presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso.

Também foram divulgados pelo IBGE dados sobre a mortalidade no Brasil. De acordo com o instituto, a população brasileira vem envelhecendo rapidamente, tanto em função do declínio da fecundidade quanto da mortalidade, e essa é uma tendência para as próximas décadas.

“A taxa de mortalidade infantil, que em 1980 estava próxima dos 70 por mil nascidos vivos, em 2013 foi estimada em 15 por mil, representando uma queda de 78,3% nas mortes de menores de um ano. O mesmo comportamento foi observado na mortalidade da infância, que demonstrou um declínio de 79,3%, passando de 84 por mil em 1980 para 17,4 por mil em 2013”, cita o documento do IBGE.

Com informações O Povo Online

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