Dilma discursa diante de lideranças petistas em Fortaleza (Foto: Fábio Lima) |
Reunida
em Fortaleza, ontem e neste sábado, para fazer um balanço das eleições, a
cúpula nacional do PT elaborou um documento em que pede mudanças no segundo
mandato da presidente reeleita Dilma Rousseff.
O
partido pede que Dilma “entenda o recado das urnas”, para que possa avançar nas
mudanças: “Para afastar manobras golpistas e assegurar à presidenta Dilma um
segundo mandato ainda melhor que o primeiro, é preciso entender o recado das
urnas: o povo quer mudanças e confia que nosso governo deve fazê-las, pois foi
com Lula e Dilma que as mudanças se iniciaram”.
O
texto faz acenos a sindicatos e movimentos sociais (fala em redução da jornada
de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, reforma
agrária e revisão da Lei da Anistia) para “compensar” a escolha da nova equipe
econômica, considerada “liberal”. O futuro ministro Joaquim Levy foi alvo de
críticas de alguns setores do PT durante a reunião.
Os
dirigentes prometem divulgar, hoje, uma resolução dedicada ao tema corrupção,
separada das questões políticas. Os documentos serão submetidos ao Diretório
Nacional, ao final do encontro.
A
proposta de resolução afirma que esta eleição “foi a mais difícil já
disputada”. Diz ainda que o PT foi alvo de “um vendaval” de acusações. “O
partido tem que retomar sua capacidade de fazer política cotidiana, sua
independência frente ao Estado e ser muito mais pró-ativo no enfrentamento das
acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que
setores da direita vão continuar premiando delatores”, diz o texto.
A
abordagem resumida pelo presidente da sigla, Rui Falcão atenua a versão
original apresentada pelo secretário-geral do PT, Geraldo Magela, que tinha
quatro parágrafos. Ele dizia que “um dos mais importantes compromissos da nossa
presidenta e de nosso partido foi o combate sem tréguas à corrupção”.
Mas
lamentava: “Saímos da situação de partido que mais tinha compromisso com o
combate à corrupção para sermos o mais identificado com a corrupção, o que é
injusto e inadequado”.
A
reforma política e a regulação da mídia aparecem como as principais bandeiras
do PT nos próximos anos. Segundo petistas, Dilma prometeu uma consulta pública
para discutir a democratização dos meios de comunicação no segundo semestre de
2015.
Com
informações O Povo Online
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