Dilma com os Governadores do Partido dos Trabalhadores (PT), no Palácio da Alvorada (Foto: Roberto Stuckert Filho) |
A
presidente Dilma Rousseff recebeu na noite de ontem (06/11) parlamentares e governadores,
atuais e eleitos, do PT, para uma confraternização após as eleições de outubro.
Dezenas de deputados, senadores, governadores, além de ministros do partido,
participaram de um coquetel no Palácio da Alvorada.
De
acordo com relatos de participantes, as conversas foram informais e nenhum
assunto específico foi discutido entre os presentes. Não houve discurso e Dilma
se limitou a cumprimentar e conversar separadamente com seus correligionários,
circulando pelas diversas rodas de políticos que informalmente se formaram.
A
disposição apresentada pela presidenta de promover mais diálogo, em seu
primeiro discurso após o segundo turno, foi reforçada no encontro de hoje. De
acordo com os presentes, o ambiente foi descontraído e as conversas, em sua
maioria, trataram de amenidades.
O
vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), disse que o momento não é
para debates políticos com mais conteúdo, o que deve ocorrer no futuro. “Acho
que foi um contato social acima de tudo, porque é comum que parlamentares
gostem de estar juntos, presentes à Presidência da República. Então, acho que é
um bom começo de um diálogo de conteúdo político, mas que não era o caso hoje”,
disse.
Para
ele, os últimos mandatos do partido na Presidência demonstraram que a bancada
do PT seja “a principal base de apoio, não exclusiva, do governo” de Dilma,
pelo seu tamanho, importância e lealdade.
“A
palavra de ordem dela é o diálogo, e é um novo marco na relação dela com o
Congresso e com a sociedade. Considero que foi um gesto alvissareiro dialogar
com o PT ainda que não tenha solenidade de fala formal, foi um momento alto da
relação da presidenta com o PT. Considero muito importante”, disse o deputado
José Guimarães (CE), ao fim do encontro.
O
parlamentar, que considera necessária uma recomposição da base aliada do
governo no Congresso, ressaltou que a relação deste [Congresso]com a presidenta
precisa ter um diálogo mais aperfeiçoado. Essa intenção, segundo Guimarães, foi
apresentada pela própria Dilma. “Estamos bem, vamos trabalhar, o desafio é
enorme. Estou cansada, mas estou muito firme na disposição de ampliar o diálogo
com o Brasil”, disse a presidenta conforme relatou o deputado.
O
presidente do PT, Rui Falcão, disse que vai promover na próxima semana uma
série de reuniões, a partir de segunda-feira (10/11), para continuar atendendo às
demandas dos integrantes de seu partido. Na saída do coquetel, ele comentou a
diferença entre as propostas de Dilma e do próprio PT sobre a aplicação de uma
eventual regulação dos meios de comunicação.
Segundo
ele, o partido prioriza neste momento a assinatura de um documento que pretende
regulamentar o capítulo da Constituição Federal que trata da comunicação
social. Rui Falcão avaliou que o primeiro item desse ponto deve ser a garantia
da “mais ampla liberdade de expressão no país”, efetivada, em sua opinião, com
o fim de monopólio e oligopólio nos meios de comunicações.
“O
governo tem um ritmo e ela deve estar avaliando como se articula um projeto de
tanta relevância, que encontra resistência, inclusive, em meios poderosos que
se colocaram e se colocam contra nós. É natural que ela queira fazer uma
consulta pública, ouvir mais”, disse.
Com informações Agencia Brasil
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