Deputadas
estaduais de base e oposição se uniram ontem para cobrar inclusão de uma
representante do sexo feminino na próxima Mesa Diretora da Assembleia.
Parlamentares criticam que, mesmo tendo sido eleitas sete mulheres neste ano,
articulações para composição do comando do Legislativo a partir de 2015 estão
sendo conduzidas apenas por homens.
Atualmente,
todos os dez espaços na Mesa Diretora da Casa são ocupados por homens. Deputada
da base aliada, Mirian Sobreira (Pros) disse que não irá votar em chapa – ainda
que apoiada pelo governo – que não inclua ao menos uma mulher em um dos cargos.
“Não
me sinto representada por uma chapa dessas. Foram sete mulheres, e
proporcionalmente teríamos direito a no mínimo uma vaga (...) é engraçado que
precisam da nossa participação quando vão para as eleições”, disse.
A
discussão foi puxada por Eliane Novais (PSB), que cobrou participação feminina
na próxima Mesa. Atualmente, tramita na Casa projeto de resolução da Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher garantindo ao menos um dos
assentos da Mesa para deputadas.
A
deputada ainda mostrou dados de de um ranking - elaborado pela União
Parlamentar - de países por representação parlamentar feminina. Segundo a
deputada, o Brasil ocupa a 71ª posição entre 142 países, apresentando queda de
nove posições em relação ao ano passado. Ela ainda destacou baixo índice de
participação feminina do País diante da realidade da América Latina.
“Essa Casa tem um papel educativo e um
importante papel político a cumprir com relação à participação feminina nos
espaços de decisão. E a presença de uma mulher na Mesa Diretora tem um caráter
simbólico muito importante, porque mostraria um Poder Legislativo em sintonia e
mais próximo da luta em defesa da equidade de gênero no País”, disse.
A
deputada Fernanda Pessoa (PR) também apoiou o pleito: “Tem que parar com isso
de aqui ser a casa dos homens. Nós somos mulheres, temos capacidade sim”,
destacou.
Nos
últimos anos, a Assembleia implementou alguns avanços para ampliar participação
feminina no Parlamento. Nesse sentido, foram criadas a Procuradoria da Mulher e
a Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Mulher. Na “elite” do
Legislativo, no entanto, ainda não existe nenhuma mulher.
Com
informações O Povo Online
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