Camilo
comandou segundo dia de reuniões da transição com secretarias estaduais (Foto: Divulgação)
|
Como
parte do arrocho financeiro do primeiro ano de gestão, o governador eleito
Camilo Santana (PT) estuda cortar o número de terceirizados no Estado a partir
de 2015. A informação é do ex-secretário da Fazenda, Mauro Filho (Pros), que
integra a comissão de transição do governo. Camilo deverá aguardar as reuniões
com as secretarias de Saúde, Educação e Segurança Pública e Defesa Social –
que, juntas, representariam quase 80% do custeio do Estado – para decidir onde
enxugar a máquina pública.
“Isso está sendo avaliado por cada secretaria.
No momento em que isso for quantificado, com o tamanho da capacidade gerencial
do Estado, vai se medir a necessidade, ou não (dos cortes). Mas que vai ser
controlado, vai ser controlado. Vamos ter de dar uma enxugada, com certeza”,
afirmou Mauro Filho, na noite de ontem, em entrevista durante reunião da equipe
de transição.
Questionado
sobre o atual cenário de terceirizados no Governo, o ex-secretário disse que o
cálculo só será fechado com a exposição das demais pastas – até agora, seis das
27 pastas apresentaram diagnóstico a Camilo. “Não dá para dar esse tamanho
agora nem seria estrategicamente correto, porque estamos vendo os projetos que
cada secretaria tem e a relevância do que elas estão para contratar”.
O
jornal POVO verificou, nos relatórios de prestações de contas do Governo –
divulgados pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE) – que os gastos com
terceirização quase triplicaram nos últimos anos – em 2006, a despesa era de R$
303,4 milhões. No ano passado, o valor foi de R$ 863,9 milhões. Os números
levam em conta os itens “locação de mão-de-obra” e “outras despesas de pessoal
decorrentes de gastos com terceirização”.
Mauro
Filho argumenta que se trata de reflexo do aumento de serviços prestados pelo
Estado. “A tendência natural da expansão do serviço público é que ele acaba
trazendo, para a prestação de serviço de maior dimensão, o terceirizado”.
Segundo ele, as pastas terão, agora, de comprovar a necessidade desses
recursos.
A
“tesourada” no excesso de cargos não atingiria, porém, as promessas de concurso
público feitas por Camilo durante a campanha, como os de 10 mil vagas para
profissionais da saúde e outras vagas para as universidades do Estado. Pelo
menos foi o que garantiu Mauro Filho. Apesar disso, ele deixou claro que não há
data definida para a realização dos concursos. “Vai ter todo um cronograma Isso
é compromisso de governo. Não é compromisso de um ano de governo”, avisou.
Com
informações O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.