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15 de novembro de 2014

Após ouvir Camilo, PT usa tom de conciliação

Camilo em reunião com a Executiva do PT (Foto: Evilázio Bezerra)
Depois da “perplexidade” causada pela divulgação da equipe de transição de Camilo Santana, que não tem nenhum petista além dele, a executiva estadual do PT saiu de reunião ontem com o governador eleito declarando que o mal-estar foi superado. Os petistas destacaram que a equipe não tem “função política” e que mais importante é imprimir a marca do partido à futura gestão.

Além de Camilo, o grupo tem a vice-governadora eleita, Izolda Cela (Pros), o deputado estadual e candidato governista ao Senado Mauro Filho (Pros), o chefe de gabinete de Cid, Danilo Serpa (Pros), o secretário-adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão, Carlos Eduardo Sobreira, e o pai de Camilo, Eudoro Santana.

“É uma transição diferenciada. Eu mesmo vou coordenar. Escolhi os três da chapa e o Eudoro, que está à frente do programa de governo”, disse Camilo após a reunião de ontem. Danilo Serpa e Carlos Sobreira foram escolhas de Cid, informou o petista.

Os integrantes do grupo não terão cargos na administração, segundo Camilo. “Não tenho compromisso com ninguém. Ninguém dos que estão nessa equipe será parte do governo. Vou ouvir os partidos e só posteriormente vou fazer a escolha dos nomes”.

Ainda na noite de quinta, após a divulgação da equipe, o presidente estadual do PT, Francisco de Assis Diniz, afirmou ao jornal O POVO que o ato de Camilo era “um acinte”. “Estamos perplexos”.

Ele e Camilo conversaram sobre o assunto em café da manhã antes da reunião de ontem, feita no hotel Amuarama. O dirigente petista se disse convencido pelos argumentos do colega.

“A visão do Camilo sobre o formato e a concepção (da transição) é completamente diferente. Primeiro, quem está na comissão não tem compromisso de estar no governo. Segundo, ele vai coordenar uma equipe eminentemente técnica”, afirmou de Assis.

Vice-presidente nacional do PT, o deputado federal José Guimarães salientou que os petistas contarão com o cargo mais alto e, portanto, querem dar a linha política da gestão.

“O PT é o partido dele. Nós apresentamos as diretrizes. Ele justificou a composição da equipe. Não tem função política nenhuma. Vamos apostar nesse tom de conciliação do governador, que é do PT”, disse Guimarães.

Camilo fará reuniões até dezembro com secretários de Cid para avaliar resultados e projetar metas. “Para cada reunião vou convidar pessoas da área. Terá gente do PT e de outros partidos”.

Ao sair do encontro petista, Camilo recebeu, em outra sala, representantes do comando de greve das universidades estaduais que foram ao hotel procurar o sucessor de Cid. “Já é uma demonstração de que este governo está aberto ao diálogo”, disse Camilo.


Com informações O Povo Online

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