Camilo
em reunião com a Executiva do PT (Foto: Evilázio Bezerra)
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Depois
da “perplexidade” causada pela divulgação da equipe de transição de Camilo
Santana, que não tem nenhum petista além dele, a executiva estadual do PT saiu
de reunião ontem com o governador eleito declarando que o mal-estar foi
superado. Os petistas destacaram que a equipe não tem “função política” e que
mais importante é imprimir a marca do partido à futura gestão.
Além
de Camilo, o grupo tem a vice-governadora eleita, Izolda Cela (Pros), o
deputado estadual e candidato governista ao Senado Mauro Filho (Pros), o chefe
de gabinete de Cid, Danilo Serpa (Pros), o secretário-adjunto de Planejamento,
Orçamento e Gestão, Carlos Eduardo Sobreira, e o pai de Camilo, Eudoro Santana.
“É
uma transição diferenciada. Eu mesmo vou coordenar. Escolhi os três da chapa e
o Eudoro, que está à frente do programa de governo”, disse Camilo após a
reunião de ontem. Danilo Serpa e Carlos Sobreira foram escolhas de Cid,
informou o petista.
Os
integrantes do grupo não terão cargos na administração, segundo Camilo. “Não
tenho compromisso com ninguém. Ninguém dos que estão nessa equipe será parte do
governo. Vou ouvir os partidos e só posteriormente vou fazer a escolha dos
nomes”.
Ainda
na noite de quinta, após a divulgação da equipe, o presidente estadual do PT,
Francisco de Assis Diniz, afirmou ao jornal O POVO que o ato de Camilo era “um
acinte”. “Estamos perplexos”.
Ele
e Camilo conversaram sobre o assunto em café da manhã antes da reunião de
ontem, feita no hotel Amuarama. O dirigente petista se disse convencido pelos
argumentos do colega.
“A
visão do Camilo sobre o formato e a concepção (da transição) é completamente
diferente. Primeiro, quem está na comissão não tem compromisso de estar no
governo. Segundo, ele vai coordenar uma equipe eminentemente técnica”, afirmou
de Assis.
Vice-presidente
nacional do PT, o deputado federal José Guimarães salientou que os petistas
contarão com o cargo mais alto e, portanto, querem dar a linha política da
gestão.
“O
PT é o partido dele. Nós apresentamos as diretrizes. Ele justificou a
composição da equipe. Não tem função política nenhuma. Vamos apostar nesse tom
de conciliação do governador, que é do PT”, disse Guimarães.
Camilo
fará reuniões até dezembro com secretários de Cid para avaliar resultados e
projetar metas. “Para cada reunião vou convidar pessoas da área. Terá gente do
PT e de outros partidos”.
Ao
sair do encontro petista, Camilo recebeu, em outra sala, representantes do
comando de greve das universidades estaduais que foram ao hotel procurar o
sucessor de Cid. “Já é uma demonstração de que este governo está aberto ao
diálogo”, disse Camilo.
Com
informações O Povo Online
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