Eunício e Camilo se enfrentaram ontem no último debate do 2º turno (Foto: Tatiana Fortes) |
Quem
sintonizou ao debate promovido pela TV Verdes Mares com os candidatos ao
Governo do Estado em busca de um clima tenso e acusações deve ter se frustrado.
Em seu último encontro frente a frente antes do segundo turno, os candidatos
Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT) preferiam jogar na retranca,
evitando arriscar os votos que já conquistaram. O resultado foi um debate em
que as acusações foram deixadas de lado, focando-se nos programas de suas
eventuais gestões.
Durante
o primeiro bloco, no qual as perguntas eram de temas livres e os candidatos
poderiam buscar atingir seu adversário nos pontos julgados mais vulneráveis,
Camilo escolheu, primeiramente, o tema saúde. O assunto deu a ele a
oportunidade de citar números favoráveis à atual gestão, dando destaque à
construção de equipamentos pelo Estado, perguntando sobre as propostas do
adversário para o atendimento de urgência e emergência. Como resposta, ouviu do
peemedebista que os prédios devem sim ser construídos, “mas precisam
funcionar”, prometendo concurso público de 12 mil profissionais para a área. Na
única alfinetada do bloco, ele prometeu “colocar na secretaria de Saúde alguém
que entenda de Saúde”, em referência ao seu desafeto, o secretário da pasta
Ciro Gomes (Pros).
Eunício,
por sua vez, perguntou ao adversário sobre um dos pontos que mais tem tocado
durante a eleição: os 500 mil jovens que, de acordo com o senador, não estudam
e nem trabalham. Camilo respondeu que “no debate anterior, eu perguntei onde o
candidato tinha tirado esse número”, afirmando que o Ceará tinha mais de 80% de
sua juventude na escola, além de sem o campeão nordestino de geração de
empregos.
Temas
que em outros debates gerariam forte troca de acusações, dessa vez tornaram-se
mornas críticas e promessas. Corrupção foi um exemplo.
Nas
mãos de Eunício, o tema já foi de cargos criados com dinheiro do Fundo de
Combate à Pobreza (Fecop) até o suposto de envolvimento de Camilo no chamado
“escândalo dos banheiros”. Ontem, porém, virou apenas uma pergunta sobre o que
o petista havia feito para combater a corrupção enquanto deputado estadual e
secretário de governo, dando ao adversário a oportunidade de, mais uma vez,
exaltar o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação. Enquanto
isso, o senador falou, mais uma vez, de sua atuação no endurecimento da Lei da
Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso Nacional em 2010.
O
tema Polícia Militar, que também foi uma fonte de críticas de Eunício contra o
governo estadual, encontrou mais convergência do que divergência entre os
postulantes ao Palácio da Abolição. Ambos concordaram com a ampliação do Raio,
exaltando seu caráter “ágil” e “ostensivo”. Também prometeram valorizar a
carreira dos profissionais de segurança pública do Estado.
Com
informações O Povo Online
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