O
mapa do voto para governador do Ceará revela que, do primeiro para o segundo
turno, o candidato eleito Camilo Santana (PT) conseguiu reviravoltas cruciais
para a vitória. De acordo com levantamento do jornal O POVO, Camilo virou o jogo em 37
municípios do Interior.
O efeito só não foi maior no resultado da eleição
porque o adversário, Eunício Oliveira (PMDB), conseguiu elastecer a vantagem em
Fortaleza e Região Metropolitana. Apesar de forte campanha contrária, o
peemedebista passou de 47,3% para 57,2% na Capital.
Das
37 cidades que “migraram” para Camilo, chama a atenção o caso de
Quiterianópolis, na região dos Inhamuns, onde é forte a liderança do
ex-vice-governador Domingos Filho. Foi lá onde Eunício atingiu sua maior
votação no primeiro turno, 80,8% das preferências. No último domingo, porém, o
peemedebista caiu para 47%. Já Camilo, que tinha apenas 18,7% por lá, chegou ao
segundo turno com 53%.
Várias
outras cidades lideradas por aliados do Governo Cid Gomes (Pros) haviam dado
vitória a Eunício no primeiro turno. Tauá, também influenciada por Domingos, e
Massapê, reduto do presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque
(Pros), são exemplos de onde Camilo perdeu na primeira etapa do pleito. Em
ambos os locais, a situação foi revertida.
O
“freio” surgiu na RMF, região que havia sido apontada como prioritária pela
campanha petista, mas onde Eunício conseguiu se manter firme. O único local da
Região onde Camilo virou foi Cascavel, e por apertada diferença: ficou com
50,5% no segundo turno, contra 49,5% de Eunício.
Questionado
sobre a situação, um dos coordenadores da campanha de Eunício, João Melo, fez
acusações contra o grupo cidista: “Não tivemos dimensão e estrutura pra nos
confrontarmos com a estrutura do governo. Ele conseguiu atrair todos os
municípios, de forma regular ou irregular”.
Na
frente contrária, Nelson Martins (PT), membro da coordenação da campanha de
Camilo, enumerou fatores que teriam pesado a favor da vitória: “Houve o fator
psicológico por termos ficado na frente no primeiro turno, a ligação bem mais
forte do nome do Camilo ao da presidente Dilma (Rousseff), e o trabalho mais
direcionado e estratégico no segundo turno, nos lugares onde havíamos perdido.
Nos municípios que o Camilo, Cid e Ciro (Gomes) visitaram, nós revertemos. E
também houve um chamamento mais forte às lideranças do Interior”.
Com
informações O Povo Online
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