Marina discursou ao lado de seu vice, Beto Albuquerque, de Eliane Novais e de Geovana Cartaxo (Foto Iana Soares) |
O
passado de Marina Silva (PSB) no PT foi lembrado ontem pela própria candidata à
Presidência durante comício em Fortaleza. Ela disse que se sente “apunhalada”
pela sigla e pelo principal líder petista, Luiz Inácio Lula da Silva. “Mesmo
aqueles que eu defendi, enfrentando jagunços e poderosos, todas as mentiras que
disseram contra eles, eles agora repetem contra mim. Com o mesmo punhal
enferrujado, eles me cravam as costas”, esbravejou Marina, em palanque na Praça
do Ferreira.
A
candidata, que foi colega de partido de Lula de 1986 a 2009, citou seu agora
adversário e se defendeu do que chamou de “injustiças” e “calúnias” proferidas
pelo PT na campanha: “Todas as mentiras que foram ditas contra o Lula não são
maiores do que o Lula. E pode ter certeza que todas as mentiras ditas contra
mim não são maiores do que o povo brasileiro”, disse ela, aplaudida pelos
militantes.
Apesar
das palmas, Marina foi recebida com vaias de manifestantes LGBT, que criticaram
as alterações na parte do programa de governo dedicada ao público gay. A
candidata começou o discurso respondendo ao protesto. “Todos podem se manifestar.
Só na ditadura é que não. Respeitamos a opinião e o desejo de manifestação
livre. Agora, vamos conversar. Estou muito feliz de estar no Ceará. Eu me sinto
em casa. E na casa da gente, a gente recebe bem, a gente recebe com educação”,
enquadrou.
Ao
afirmar que irá manter os programas sociais do governo Dilma Rousseff (PT) –
Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Mais Médicos – Marina lembrou a
infância pobre no Acre. “Eu sei o que é passar fome. Eu sei o que é, num Sábado
de Aleluia, ter um ovo com um pouco de farinha e sal para oito pessoas”, disse.
Ao relatar a experiência, se emocionou e parou o discurso por alguns segundos,
com os olhos marejados.
No
Ceará, segundo pesquisa O POVO/Datafolha, Marina tem 24% das intenções de
votos, 33 pontos percentuais a menos que Dilma, que aparece com 57%.
Marina
aproveitou a maior parte do comício para se dizer vítima de difamação e para
convocar a militância a responder aos, “sem rancor”, aos ataques adversários
nas redes sociais. ““Não é para agredir a Dilma, não é para fazer o que ela
está fazendo comigo. Não vou agredir e mentir contra uma mulher. Nós demoramos
muito para ter a primeira mulher presidente da República”, disse.
Mas
sobrou espaço para críticas à Petrobras . “Vou escolher diretores com base em
competência, ética e técnica. Ela (Dilma) disse que vai continuar fazendo do
mesmo jeito. A Petrobras, lamentavelmente, virou sinônimo de corrupção”, bateu.
Ela também criticou a atuação do Banco Central e afirmou que a instituição não
quer diminuir os juros no Brasil.
Com
informações O Povo Online
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