Lula em Ato em Defesa do Pré-sal, da Petrobrás e do Brasil, realizado no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Stuckert) |
Em
tom de campanha e de crítica à candidata Marina Silva, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva voltou às origens e se juntou, em um ato em frente à sede
da Petrobras, no centro do Rio, a petroleiros e outros sindicalistas para
defender o pré-sal contra o que consideram ataques da oposição. Apesar de dizer
que não desejava criticar a ex-colega de partido, Lula atacou o programa de
governo da candidata do PSB e afirmou que, se fosse ela, “proibia seus
economistas de falar, porque cada um fala mais bobagem que o outro”.
Disse
ainda que Marina pretende terceirizar o papel de presidente. “Se tem uma coisa
que você não pode terceirizar é o cargo de presidente da República. Este é um
cargo que você não pode terceirizar. Ou você assume ou não assume. Esse negócio
de pedir para cada um falar um pedacinho das coisas que estão acontecendo neste
país não dá certo. Afinal, este país não é uma colcha de retalhos que pode ser
subdividido. Eu, se fosse a candidata que faz oposição a Dilma, proibiria seus
economistas de falar, porque cada um fala mais bobagem que o outro. E o que
pode acontecer é que o programa de governo possa ser feito a 500 mãos, menos as
dela (de Marina).”
Lula,
em seu breve discurso, minimizou as denúncias de corrupção na empresa e
criticou a CPI que investiga a estatal. De acordo com o ex-presidente, a
instalação dessas comissões visa “achacar empresários”.
“No
pré-sal, já houve três pedidos de CPI só na Petrobras. Eu tenho a impressão que
essas pessoas (parlamentares) pedem CPI para, depois, os empresários correrem
atrás delas e achacarem esses empresários para ganhar dinheiro. Os milhares de
trabalhadores dessa empresa não podem ser confundidos com alguém que porventura
possa ter cometido um erro qualquer. Se alguém praticou erro, se alguém roubou,
esse alguém tem mais é que ser investigado, ser julgado. Se for culpado, tem
que ir para a cadeia, e o povo da Petrobras tem que ter orgulho de vestir essa
camisa.”
Cerca
de mil pessoas acompanhavam fala de Lula, segundo a PM. O ato começou com 300
pessoas na Cinelândia e foi ganhando adesão ao longo do percurso. Os
organizadores estimaram em 6 mil o público.
Com
informações O Povo Online
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