Os
quatro candidatos ao Governo do Estado começam hoje a se reunir com membros da
Associação Cearense de Magistrados (ACM) para discutir as propostas voltadas para
o Judiciário. Em meio à tensão que repercute nos poderes Executivo e Judiciário
em âmbito nacional - quando o Planalto está vetando proposta do Supremo
Tribunal Federal de aumento salarial dos ministros -, o foco dos encontros pode
ser resumido em dois pontos a serem abordados, que são as questões
orçamentárias e de segurança. O candidato Ailton Lopes (Psol) abre, às 10 horas
de hoje, o ciclo de entrevistas na ACM.
Na
segunda-feira, 22, Eliane Novais (PSB) é quem irá à sede da Associação. Em
seguida, será a vez de Camilo Santana (PT), que ainda não tem data acertada
para ir. O candidato Eunício Oliveira (Pros) ainda não confirmou presença nos
debates. Presidente da ACM, juiz Antônio Araújo pontua que o interesse da
instituição é discutir e questionar, pontualmente, alguns aspectos específicos,
no que diz respeito à relação, atualmente estremecida, entre Judiciário e
Executivo. “Principalmente, a parte orçamentária: o duodécimo, a Lei de
Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (publicada em maio
e que mapeia como será o ano)”, resume.
As
políticas públicas de segurança nos fóruns e a necessidade de recursos para
suprir a carência no efetivo policial dentro desses espaços são, também,
algumas das reivindicações dos magistrados à beira das eleições.
Para
conhecer as propostas dos quatro candidatos ao Governo sobre as reivindicações
da ACM, o jornal OPOVO enviou por e-mail questões sobre orçamento e segurança nos
fóruns. Uma delas diz respeito à atual situação de 14 comarcas no Estado,
construídas na parte superior de prédios bancários, aumentando a
vulnerabilidade desses espaços. “É preciso construir mais fóruns para atender a
demanda. Porém a construção de novos prédios deve ser iniciativa do Tribunal de
Justiça apoiada pelo executivo (...)”, expõe Eliane Novais.
Já
Camilo Santana afirma que irá construir um sistema de Justiça e segurança
pública bem estruturado. “O fortalecimento das instituições estatais é
fundamental para garantir e efetivar os direitos de cidadania e, além disso,
aperfeiçoar os mecanismos de participação democráticos”, diz.
Os
cortes orçamentários e a baixa autonomia do Judiciário ante o Executivo geraria
um distanciamento entre sociedade e Justiça. Sob essa édige, Eliane acredita
que é necessário “democratizar o acesso à Justiça”. Camilo diz que seu governo
será rigoroso no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal – questionada
pela ACM.
Com
informações O Povo Online
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