Beto
Albuquerque, Marina e Roberto Amaral no anúncio oficial da nova chapa (Foto: Humberto
Pradera)
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O
PSB anunciou oficialmente ontem à noite a candidatura de Marina Silva à
Presidência e de Beto Albuquerque a vice. Falando como candidata, Marina
declarou que a palavra de ordem do partido agora é crescer na unidade e tratar
“com generosidade” as diferenças. O que une PSB e Rede, segundo Marina, é o
programa elaborado juntamente com Eduardo Campos, morto na quarta-feira da
semana passada, em Santos.
O
anúncio ocorreu após reunião de quase seis horas em Brasília com dirigentes do
PSB e da Rede. Marina disse que manterá a postura em relação aos acordos
regionais feitos por Campos e não subirá em palanques como os de São Paulo,
Paraná e Santa Catarina, estados onde o PSB se aliou ao PSDB.
Marina
foi contrária a várias alianças locais e comunicou ao PSB que vai manter a
posição. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), esteve na
reunião e disse que Marina “não vai aonde já não iria”. “Não há desconforto,
tudo o que foi combinado com Eduardo será mantido”. O vice Beto Albuquerque
estará ao lado dos aliados nos estados em que a ex-ministra não fará campanha.
Na
reunião de ontem, Marina fez alterações no comando da campanha, colocando dois
homens de sua confiança à frente de áreas estratégicas. O deputado Walter
Feldman, assessor pessoal de Marina, será coordenador-executivo da campanha ao
lado do secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira.
O
cargo adjunto era de outro aliado de Marina, Bazileu Margarido, que assume
agora um posto no comitê financeiro, junto a Henrique Costa, amigo próximo do
ex-governador de Campos.
Marina
tem restrições quanto a empresas que possam fazer doações para a campanha.
Tabaco, armas e bebidas alcoólicas são exemplos de indústrias que a ex-senadora
não quer ver contribuindo com sua eventual eleição.
O
presidente do PSB no Ceará, Sérgio Novais, disse que participou da decisão de
liberar Marina de alguns palanques. “Como acordos regionais tinham sido feitos
nesses critérios (por Campos), acho que ela deveria participar somente nos
estados em que ela tenha afinidade”.
Segundo
o dirigente, Marina pode visitar o Ceará “nos próximos 15 dias”.
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