Com
a morte de Eduardo Campos, a coligação “Unidos para o Brasil”, que reúne PSB e
Rede Sustentabilidade, passou a enfrentar cenário de incerteza sobre o posto de
presidenciável. Desde o acidente, porém, o nome da vice Marina Silva tem
ganhado força.
O posicionamento da ex-ministra, entretanto, não é unanimidade
entre os chefes da legenda. Marina se mostrou contrária à maioria das alianças
regionais feitas pelo PSB.
De
acordo com Sérgio Novais, presidente do PSB no Ceará, ainda não houve tempo
para “reunião oficial” do partido. O integrante da Executiva Nacional,
entretanto, defende a candidatura de Marina. “Ela deve ser sim a nossa
candidata. E o vice deve ser alguém de confiança de Eduardo, alguém de
Pernambuco”.
Sérgio
especula que a candidata a vice poderia ser, inclusive, a esposa de Campos.
“Poderia ser a própria Renata. Ela sempre esteve presente em tudo, participando
dos eventos da campanha. Só se ausentou recentemente por conta do filho mais
novo”, diz. Outro nome apontado por Sérgio Novais para vice é o de Carlos
Siqueira, então coordenador da campanha de Eduardo Campos e secretário-geral do
PSB.
Em
carta, o irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos defendeu a candidatura de
Marina. “Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo”., disse em
publicação divulgada ontem.
Apesar
de filiada ao PSB, a ex-senadora afirmou ter “data para deixar o partido”, em
nota em junho último. A mudança seria “tão logo a Rede obtenha registro na
Justiça Eleitora como partido autônomo”, o que deve ocorrer nos próximos
meses.
Entre
as discordâncias de Marina desde o início da aliança com a Partido Socialista
Brasileiro, a principal tem sido a desavença quanto às alianças regionais
feitas pelo PSB, principalmente, com o PT e PSDB. O atual presidente da
legenda, Roberto Amaral, inclusive, já havia demonstrado publicamente
insatisfação com as críticas feitas por Marina Silva.
O jornal O POVO tentou contato com Pedro Ivo Batista, coordenador nacional de organização
da Rede. Por meio da secretária, Pedro adiantou não estar comentando ainda
sobre o posto de presidenciável, mas que “a partir de segunda-feira” o assunto
será debatido.
Marina
Silva passou a quinta-feira (14/08) no apartamento em que está hospedada em São
Paulo. Acompanhada de duas de suas três filhas, ela pediu para não receber
nenhuma visita.
Segundo
aliados de Marina, ela não quer falar sobre o futuro político da chapa
presidencial do PSB até o funeral de Campos. A ex-senadora pediu um tempo de
luto, de 48 a 72 horas, pelo menos. Ela avisou que só irá a Recife após
liberação do corpo.
Com
informações O Povo Online
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