O
presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal dom
Raymundo Damasceno, disse que as igrejas não são “currais eleitorais” e não
devem influenciar os eleitores nas eleições de outubro.
Dom
Raymundo disse que a Igreja Católica não faz “distinção” de candidatos por
religião, nem pede que os católicos escolham nomes ligados à sua opção
religiosa. “Não fazemos nenhum curral eleitoral. Orientamos, falamos, mas não
fazemos comitês eleitorais em nossos templos. A liberdade é fundamental”,
afirmou.
Questionado
sobre a candidatura à Presidência de Marina Silva (PSB), que é evangélica, dom
Raymundo argumentou que os fiéis são “livres” para escolher seus candidatos,
mas devem fazê-lo de “maneira consciente”.
“O
eleitor deve conhecer suas propostas, seu passado, seu projeto de governo.
Temos que escolher o melhor candidato pensando no Brasil, e não em interesses
pessoais ou de grupos”, afirmou.
O
cardeal cobrou dos candidatos uma atuação na política de forma “coerente com os
seus princípios”. “Tem que manifestar sua fé em sua vida social, no trabalho, e
atuar pensando no bem do país. Não fazemos discriminação.”
A
CNBB vai realizar no dia 16 de setembro, em Aparecida (SP), debate com os sete
candidatos à Presidência da República com melhores colocações nas pesquisas de
intenção de votos. Foram convidados, além de Marina Silva, a presidente Dilma
Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV),
Eymael (PSDC) e Luciana Genro (Psol). A entidade ainda não confirmou a presença
de todos no debate.
Com
informações O Povo Online
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