Beto Albuquerque
(ao microfone) aponta "pequeno desentendimento" (Foto: Valter Campanato)
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O
primeiro dia da campanha de Marina Silva após ser confirmada candidata a
presidente foi de crise no PSB. Enquanto tenta recompor o comando de sua
candidatura, a escolhida para ser a substituta eleitoral de Eduardo Campos, que
morreu no último dia 13, reuniu-se com siglas aliadas para analisar o
lançamento de seu nome à Presidência. Das seis legendas, só o nanico PSL não
compareceu ao evento que aprovou a chapa.
A
reunião ocorreu em meio ao rompimento do coordenador-geral da campanha, Carlos
Siqueira, com Marina, a quem dirigiu duras críticas. Outra baixa foi a saída do
coordenador de mobilização e articulação, Milton Coelho.
Siqueira
saiu da sala de reuniões em meio à fala de Marina e disse que a candidata não
representa o legado de Eduardo Campos.
Marina
se filiou em outubro ao partido após não conseguir montar a sua própria sigla,
a Rede Sustentabilidade. “Ela não representa o legado dele (Campos), está muito
longe de representar o legado dele. Como hospedeira da instituição, ela deveria
respeitar essa instituição”, afirmou Siqueira, um dos dirigentes partidários
mais próximos do ex-governador de Pernambuco, que morreu em um acidente aéreo,
em Santos (SP).
“Ela
que vá mandar na Rede dela, porque no PSB mandamos nós”, completou.
O
rompimento entre os dois se deu porque Siqueira avalia que Marina quis impor
nomes de sua confiança na campanha sem consultar o PSB. Na terça-feira (19/08),
Marina indicou duas pessoas de sua confiança para a coordenação.
“Pela
maneira grosseira como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função
estava encerrada com a morte do meu amigo. Na reunião (de quarta) ela foi muito
deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: ‘A senhora
está cortada das minhas relações pessoais’”, disse Siqueira.
No
encontro de ontem, Marina preferiu não responder diretamente aos ataques do
agora ex-coordenador da campanha, afirmando ter havido “equívoco” e
“incompreensão”. “Estou muito tranquila com a minha consciência”, afirmou a
candidata, após seguidos questionamentos.
“Não
houve engano nenhum. Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha
desta senhora”, afirmou Siqueira. Na reunião de ontem, PSB, PPS, PRP, PPL e PHS
aprovaram a substituição de Campos por Marina, tendo o deputado federal Beto
Albuquerque (PSB-RS) como vice.
Beto Albuquerque
atribuiu os desentendimentos a “estresse” e “tensão” pela morte de Campos. “Não
há crise nenhuma, foi um pequeno desentendimento de palavras, de compreensão. É
fruto do estresse que estamos todos vivendo. Os últimos sete dias foram
terríveis para nós.”
Com
informações O Povo Online
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