Procurada
pela cúpula do PSB ontem, Marina Silva deu aval ao partido para que inicie
consulta aos principais dirigentes da legenda sobre a possibilidade de que ela
assuma a candidatura à Presidência da República.
O
presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, e o coordenador-geral da campanha
de Eduardo Campos, Carlos Siqueira, se encontraram com a ex-senadora em São
Paulo.
A
reportagem apurou que Amaral disse a Marina - vice na chapa de Campos - que o
partido irá iniciar consulta aos governadores, congressistas e principais
prefeitos da legenda sobre o rumo a ser tomado após a morte de Campos.
Em
seguida, perguntou se a ex-senadora tinha objeção de que seu nome fosse
apresentado nessa sondagem como opção de candidatura. Segundo relatos, Marina
afirmou que não se opunha.
De
acordo com o cronograma detalhado por Amaral, o resultado da consulta será
levado para a executiva do partido, que tem reunião marcada para quarta-feira
(20), em Brasília, para definir a candidatura.
Amaral
fez questão de deixar claro que qualquer decisão sobre o futuro da coligação
que tinha Campos como presidenciável será “exclusivamente partidária”, o que
exclui a Rede Sustentabilidade. “Só participarão instâncias partidárias. Quem
ditará a pauta é o PSB”, disse.
A
tendência é o PSB apoiar o nome da ex-senadora. Mas, apesar de haver maioria no
partido pela escolha de Marina, há setores que resistem a seu nome. Entre
outros pontos, há insatisfação pelo fato de ela ser recém-filiada ao PSB e
pretensão de deixar o partido quando formalizar a Rede. O próprio Amaral, que
era vice de Campos no PSB, defendia que o partido apoiasse a reeleição da
presidente Dilma Rousseff (PT).
Candidata
à Presidência em 2010, quando ficou em terceiro lugar, Marina tentou montar a
Rede Sustentabilidade para disputar novamente o Planalto em outubro, mas não
conseguiu fazer isso a tempo. Ela então se aliou a Campos em outubro de 2013 e
se filiou ao PSB. Neste ano, foi escolhida como a vice na chapa ao Planalto.
Principal
herdeira do espólio político de Eduardo Campos, sua mulher Renata quer, segundo
amigos e aliados, ver Marina Silva representando a família na cédula eleitoral
como cabeça de chapa.
Com
informações O Povo Online
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