Primeiro debate teve sete presidenciáveis, mas três se destacaram (Foto: Eduardo Enomoto)
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O
primeiro debate presidencial na tevê, transmitido pela TV Bandeirantes na noite
de ontem (26/08), contou com sete participantes, mas as discussões acabaram
protagonizadas pelos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de
intenção de voto.
Enquanto
a presidente Dilma Rousseff (PT) destacou os programas sociais de governo, como
o Pronatec e o Bolsa Família, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) adiantou o nome
de seu ministro da Fazenda e a ex-senadora Marina Silva (PSB) lembrou o
ex-governador Eduardo Campos em duas de suas intervenções, no início e no fim
do debate.
Dilma
não perdeu nenhuma chance de atacar a gestão do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, que comparou sempre que pôde com os anos do PT no Palácio do Planalto.
Coube ao alvo preferencial de Dilma, Aécio, retrucar as críticas da presidente
e tentar se apresentar como uma alternativa a um modelo de gestão que, segundo
ele, levou o Brasil a uma crise econômica.
Atual
segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto, Marina Silva passou boa
parte do debate criticando a polarização entre PT e PSDB, como Eduardo Campos
já vinha fazendo enquanto era o candidato do PSB. A ex-senadora destacou, contudo,
que pretende governar com o “banco de reservas” dos outros partidos, onde estão
os melhores quadros da política nacional.
Também
participaram do debate Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix
(PRTB) e Everaldo Pereira (PSC), que puderam apresentar seus projetos em áreas
como economia, educação e saúde, mas tiveram menos oportunidades para falar do
que os três melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto, já que as
perguntas se concentraram entre Dilma, Aécio e Marina.
Entre
os candidatos de menor expressão, quem mais chamou atenção nas redes sociais
foi Eduardo Jorge, mas mais pelas intervenções peculiares do que pelas
propostas. Luciana Genro aproveitou o espaço para se apresentar e tentou se
mostrar como representante dos anseios das manifeatações de junho do ano
passado.
Já
Everaldo Pereira se colocou em posição ideológica oposta a Luciana, devendendo
valores de economia liberal, como privatização, e conservadores, se
posicionando contra o aborto e o casamento entre homossexuais. Mais próximo de
Everaldo ideologicamente, Levy Fidelix concentrou seu discurso em questões
econômicas e de mobilidade urbana, mas sem mencionar a proposta do
"aerotrem".
O
primeiro bloco foi pautado pela organização do debate, que escolheu o tema
segurança pública para dar início às discussões da noite. Enquanto Fidelix
defendeu a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, Eduardo Jorge disse
que a liberação e regulação das drogas seria a medida mais efetiva para
combater a criminalidade — a mesma política para drogas é apoiada por Luciana
Genro.
A
sequência do debate teve blocos intercalados de perguntas de jornalistas e
questões feitas entre os candidatos, sempre com comentários de um outro
presidenciável. A maior parte das perguntas foi dirigida a Dilma, Aécio e
Marina.
Apesar
de Marina ter apresentado o maior crescimento nas últimas pesquisas, Dilma e
Aécio Neves trocaram a maior parte de ataques e provocações. A candidata à
reeleição disse que a inflação está sob controle e criticou várias vezes o
governo FHC. Dilma também rebateu as críticas do tucano à gestão da Petrobras,
dizendo que a “PF tem autonomia e investiga a todos, doa a quem doer”.
Aécio,
por sua vez, disse que o sonho do brasileiro é morar na propaganda do PT, que,
segundo ele, apresenta um "Brasil virtual". O senador aproveitou para
anunciar que, se eleito, terá o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga
como ministro da Fazenda.
Já
Marina disse se sentir “coerente” em defender a nova política, que consiste em
“combater a velha polarização que nos últimos 20 anos se constituiu num atraso
para o País”.
"A polarização PT-PSDB já deu o que tinha que dar. [...] Quando digo que quero
governar com os melhores, reconheço que tem pessoas boas em todos os partidos.
O problema é que essas pessoas estão no banco de reservas, e as pessoas que
foram as ruas em junho de 2013 vão escalar uma nova seleção", concluiu
Com informações Portal R7
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