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31 de agosto de 2014

As propostas para o Nordeste que eles dizem priorizar

Uma mina de 38,2 milhões de votos está incrustada no Nordeste, segundo maior colégio eleitoral do País, atrás somente da região Sudeste. Não à toa, nos últimos dias – que sucederam a morte do pernambucano Eduardo Campos (PSB) –, os candidatos à presidência da República “cresceram os olhos” para o lado de cá.

O tucano Aécio Neves (PSDB) lançou pacote de propostas para a região; no Recife, Marina Silva (PSB) disse que o Nordeste será “prioridade”; Dilma Rousseff (PT), até agora detentora das preferências dos nordestinos, visitou obras em Pernambuco e na Bahia; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, deve cair em campo na região para assegurar votos à petista. 

O na edição de hoje (31/08) o jornal POVO analisa se o belo discurso pró-Nordeste se reflete nos programas de governo dos candidatos e verificou que, em geral, há mais retórica do que metas claras. Nas 14 páginas do plano de governo do candidato Pastor Everaldo (PSC), o Nordeste sequer é mencionado.

Conforme aponta o economista Paulo Matos, passa da hora de os governos pensarem e executarem ações rumo ao desenvolvimento regional, que levem em conta as especificidades de cada parte do país.

“Entre Nordeste e Sudeste, por exemplo, há uma enorme disparidade do nível de capital humano e do nível de crédito. São dois países em um mesmo território. Como romper a desigualdade, se além de mais ricos, eles recebem mais crédito e estudam mais que nós? A renda per capita de São Paulo é quatro vezes maior que nossa. Se compararmos a quantidade de crédito para todas as pessoas físicas e empresas nos dois estados, o crédito per capita de São Paulo é cinco vezes maior”, explicou Matos, que é professor da Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará.

Ele pondera que órgãos como Banco do Nordeste e de linhas de crédito específicas para a região, bem como algumas experiências na área de educação, têm tornado o abismo regional menos gritante. “O que tem sido feito se mostra suficiente? Definitivamente, não”, afirma.

Conforme o jornal O POVO mostrou alguns dos candidatos apontam caminhos a serem seguidos em caso de vitória – a maioria, porém, não quantifica nem detalha os resultados que deseja alcançar.

26,8% É o percentual de eleitores que vivem no Nordeste. No total, são 38,2 milhões de pessoas

13,4% Era o percentual de participação do Nordeste no PIB nacional no fim de 2013. Dados do IBGE.

7,2 milhões dos quase 13 milhões de analfabetos do Brasil estão concentrados no Nordeste. O dado é do IBGE (2012).

Com informações O Povo Online

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