Uma
mina de 38,2 milhões de votos está incrustada no Nordeste, segundo maior
colégio eleitoral do País, atrás somente da região Sudeste. Não à toa, nos
últimos dias – que sucederam a morte do pernambucano Eduardo Campos (PSB) –, os
candidatos à presidência da República “cresceram os olhos” para o lado de cá.
O
tucano Aécio Neves (PSDB) lançou pacote de propostas para a região; no Recife,
Marina Silva (PSB) disse que o Nordeste será “prioridade”; Dilma Rousseff (PT),
até agora detentora das preferências dos nordestinos, visitou obras em
Pernambuco e na Bahia; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua
vez, deve cair em campo na região para assegurar votos à petista.
O
na edição de hoje (31/08) o jornal POVO analisa se o belo discurso pró-Nordeste
se reflete nos programas de governo dos candidatos e verificou que, em geral,
há mais retórica do que metas claras. Nas 14 páginas do plano de governo do
candidato Pastor Everaldo (PSC), o Nordeste sequer é mencionado.
Conforme
aponta o economista Paulo Matos, passa da hora de os governos pensarem e
executarem ações rumo ao desenvolvimento regional, que levem em conta as
especificidades de cada parte do país.
“Entre
Nordeste e Sudeste, por exemplo, há uma enorme disparidade do nível de capital
humano e do nível de crédito. São dois países em um mesmo território. Como
romper a desigualdade, se além de mais ricos, eles recebem mais crédito e
estudam mais que nós? A renda per capita de São Paulo é quatro vezes maior que
nossa. Se compararmos a quantidade de crédito para todas as pessoas físicas e
empresas nos dois estados, o crédito per capita de São Paulo é cinco vezes
maior”, explicou Matos, que é professor da Pós-Graduação em Economia da
Universidade Federal do Ceará.
Ele
pondera que órgãos como Banco do Nordeste e de linhas de crédito específicas
para a região, bem como algumas experiências na área de educação, têm tornado o
abismo regional menos gritante. “O que tem sido feito se mostra suficiente?
Definitivamente, não”, afirma.
Conforme
o jornal O POVO mostrou alguns dos candidatos apontam caminhos a serem seguidos
em caso de vitória – a maioria, porém, não quantifica nem detalha os resultados
que deseja alcançar.
26,8%
É o percentual de eleitores que vivem no Nordeste. No total, são 38,2 milhões
de pessoas
13,4%
Era o percentual de participação do Nordeste no PIB nacional no fim de 2013.
Dados do IBGE.
7,2
milhões dos quase 13 milhões de analfabetos do Brasil estão concentrados no
Nordeste. O dado é do IBGE (2012).
Com
informações O Povo Online
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