Uma placa de venda foi fixada no imóvel localizado na Rua João Gonçalves (Foto: Raimundo Soares Filho) |
A
sede própria do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (SINSEMA) foi
colocada a venda pela atual Diretoria da entidade, em processo sem o mínimo de
transparência e sob a suspeita de que a legislação que disciplina a matéria não
foi observada na sua totalidade. O Estatuto da entidade não disciplina a alienação de imóveis.
Este
blogueiro foi contato por vários servidores tentando colher informações sobre a
alienação da sede da entidade. Contatamos seis servidores, destes quatro nada
sabia, uma disse que tinha conhecimento da negociação e outro se comprometeu a
buscar informações.
O
servidor Givanildo Gonçalves nos informou que não participou da Assembleia,
pois está licenciado, mas disse que a venda foi autorizada por unanimidade dos
servidores presentes e que diretoria repassou que foi realizada uma avaliação
do imóvel no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), mas não soube informar o responsável pela
avaliação.
Segundo
Givanildo a venda do imóvel vai ser direta e o recurso arrecadado será utilizado
para finalizar a obra iniciada no Sítio Poças. Inicialmente no terreno do Sítio
seria construído um espaço de lazer, mas uma placa foi colocada no local
informando a construção da sede da entidade.
Canteiro de obras da nova sede do SINSEMA (Foto: Raimundo Soares Filho) |
A
obra está sob a responsabilidade da empresa NR-13 Execução Estrutural sediada
em Juazeiro do Norte que instalou seu canteiro e realizou movimentação de
terra. Na placa na consta o valor da obra, nem o prazo para sua execução.
A
servidora Socorro Lima disse que esteve presente na Assembleia que autorizou a
venda da sede, mas não lembra o número de associados presentes, nem tão pouco
se houve ampla discussão do tema.
Socorro
tentou conseguir uma cópia da Ata da Assembleia, mas ao informar que a mesma
seria enviada para o Blog o documento não lhe foi entregue, sob a desculpa de
que o pedido deveria ser analisado pela Diretoria.
Todos
os ex-presidentes da entidade criticaram a alienação da sede própria da
entidade, uma conquista histórica dos associados.
Para
Ariovaldo Soares seria possível a manutenção da sede no endereço atual e a
construção da colônia de férias no terreno escolhido, ambos os imóveis tem
atividades distintas.
O
ex-presidente da entidade Antonio de Kaci disse que não participou da
Assembleia, mas ressaltou que a
construção da sede própria foi um sonho concretizado e lamentou que a atual
diretoria se desfaça do que foi construído com muito esforço e dedicação.
“Sou
plenamente de acordo com a construção da área de lazer, até mesmo por que era
também uma meta a ser alcançada em nossa gestão, só não concordo com a venda do
prédio, pois para mim ficou marcado na história do Sindicato a concretização
deste grande projeto” lamentou Antonio.
Deza
Soares também discorda da alienação da sede própria e que também se deve levar
em consideração a aceitação da categoria de associados quanto a localização,
acessibilidade e marco histórico. Deza cita ainda que pelas informações
colhidas essa discussão não foi bem articulada com a categoria.
“Quanto
a construção de área de lazer entendo como uma excelente iniciativa, inclusive
como extensão, ambas são importantes, se os recursos não são suficientes para a
nova construção, realiza-se o que for possível e continua na luta pelo objetivo”
comentou o ex-presidente.
A
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece alguns requisitos para
alienação como avaliação prévia pela Caixa Econômica Federal ou órgão
assemelhado e a presença da maioria absoluta dos associados com direito a voto.
Infelizmente
não se tem informações reais do cumprimento dessas exigências uma vez que a
presidente da entidade não disponibilizou cópia da Ata requerida por uma
associada.
vale apena espera la é um lugar bem amplo. como associado dou meu apoio apesar de não ter sabido antes da venda da sede atual
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