Eunício discursa na Convenção do PSDB na Capital (Foto: Ana Paula Farias) |
Após
o anúncio de que o candidato o vice-presidente na chapa dos tucanos seria do
senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), vaga pretendida pelo ex-governador do
Ceará, Tasso Jereissati que diante da rejeição ao seu nome a nível nacional
tenta voltar ao Senado em disputada na chapa de Eunício Oliveira (PMDB) com o
deputado estadual Mauro Filho (Pros), na chapa de Camilo Santana (PT), o
escolhido do governador Cid Gomes (Pros) para tentar sucedê-lo.
Tasso,
derrotado em sua tentativa de reeleição ao Senado em 2010 pela dupla apoiada
por Cid – Eunício e José Pimentel (PT) -, declarou ontem que resolveu “voltar à
luta” para participar de um “projeto maior”: enfrentar, segundo ele, a “ameaça
à democracia” encarnada pelo PT no plano nacional e reproduzida em âmbito
estadual pelo governo Cid.
Tasso
citou duas dessas “tentativas já reveladas” de se minar a democracia: o chamado
controle social da imprensa e a instituição, por decreto da presidente Dilma
Rousseff, de conselhos populares. “Conselhos que se sobrepõem ao Congresso.
Conselhos não eleitos pelo povo, mas indicados pelo partido”.
Criticou
ainda o desempenho de Dilma na condução da economia. “Uma administração
péssima. Arruinou um momento da história econômica do Brasil inédito, porque
tínhamos tudo para deslanchar e foi jogado fora. Voltou a inflação, as
importações estão caindo, problemas na infraestrutura de energia”.
No
Ceará, de acordo com Tasso, a situação é parecida com a de 1986, quando ele
concorreu ao governo pela primeira vez pregando o fim da era dos coronéis.
“Estamos
vivendo coisa semelhante novamente, e pior. Porque naquele tempo eram três
coronéis de famílias diferentes. Agora não. É concentrado numa família que
forma uma oligarquia, que pressupõe ser dona do destino, da verdade e de todos
os cearenses”.
Falando
da violência no Estado, Tasso disse não vê mais famílias conversando em
cadeiras nas calçadas. “Ninguém tem mais coragem de ir à rua. É todo mundo
gradeado, trancado em casa. Isso não é normal”.
Para
Tasso, Eunício representa “um sopro de ar, uma coisa nova, uma mudança
estrutural”, que poderá “abrir diálogo com as pessoas”.
Mas
Tasso tratou de deixar clara uma divergência com seu colega de chapa. Para ele,
não existe isso de “palanque aberto” para candidato a presidente, como disse
Eunício, que, no domingo, afirmou que ainda votará na reeleição de Dilma.
“Meu
palanque é fechado: eu voto no Aécio (Neves, do PSDB).”, disse Tasso ao chegar
à sede do PSDB. Depois, durante o discurso como candidato, Tasso fez muitos
rirem, incluindo Eunício, ao prenunciar uma virada total do peemedebista:
“Embora ele (Eunício) não goste muito de ouvir isso, mas ele tá cada dia
gostando mais, nosso candidato é Aécio Neves”.
Com
informações O Povo Online
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