Geovanna, Mauro Filho, Raquel Dias e Tasso disputam a vaga no Senado (Fotos: TSE) |
Devido
aos poderes que tem para sustentar ou atrapalhar os planos do governo federal,
o Senado é espaço dos mais disputados pelas forças políticas e, nas eleições
deste ano, terá atenção especial de Brasília, cujo envolvimento na briga
cearense promete ser tão ou mais forte que em 2010, quando Lula se impôs como
missão derrotar Tasso Jereissati (PSDB).
No
sistema legislativo brasileiro, o Senado representa os Estados e a Câmara dos
Deputados, o povo. Em termos gerais, ambas as casas propõem leis, aprovam,
modificam ou rejeitam projetos do Executivo e fiscalizam seus atos, o que
inclui a prerrogativa de convocar ministros e outras autoridades federais.
Certas
competências, porém, nada irrelevantes aos interesses do Planalto, são
exclusivas dos senadores. São eles, por exemplo, que processam e julgam
presidente da República, vice e ministros de Estado. Também aprovam nomes
indicados pelo Executivo para o Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas da
União, presidência e diretorias do Banco Central, entre outros cargos.
O
PT é maioria na Câmara e ocupa a presidência da Casa em rodízio com o PMDB,
segunda maior bancada. O partido de Dilma Rousseff quer fazer maioria no
Senado, onde tem 13 representantes e perde para o PMDB, que tem 20 (número que
o PT quer alcançar) e a presidência. O projeto incluía levar ao Senado o
deputado federal José Guimarães (CE), cuja candidatura acabou retirada em favor
da de Camilo Santana (PT) ao governo.
A
vantagem circunstancial do PT é que só três de seus senadores precisam renovar
os mandatos em outubro, o que ocorre com sete do PMDB. Se o PT conseguir
realizar sua meta, dominará o Executivo e virtualmente o Legislativo. O que o
ajudaria a evitar a instalação de CPIs como a da Petrobras, por exemplo.
Tasso
afirma que tenta voltar ao Senado, dando palanque a Aécio Neves no Ceará, para
opor resistência à perspectiva de hegemonia petista. Era dos mais destacados
opositores a Lula. Ajudou a produzir-lhe uma derrota que o petista ainda remói:
a derrubada, em 2007, da emenda que prorrogava a Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF).
Lula
executou a vingança em 2010. Veio ao Estado martelar: seus candidatos eram José
Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) e quem votasse num deveria votar no
outro. Dizia: “Não permitam que a Dilma passe no Senado o que eu passei.
Senadores com ódio, trabalhando para tudo dar errado. Senadores que derrotaram
a CPMF, tirando R$40 bilhões da saúde pensando que iam prejudicar o Lula
quando, na verdade, prejudicaram o povo mais pobre do Ceará”. É de se imaginar
o comportamento de Lula e Dilma na nova campanha, em que Tasso está aliado a
Eunício e Mauro Filho (Pros) é o homem do governo na disputa.
Com
informações O Povo Online
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