Camilo acena cumprimenta eleitor na abertura do Comitê (Foto: Divulgação) |
A
hostilidade entre os apoiadores de Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira
(PMDB) ganhou ontem nova dimensão. Durante inauguração do comitê do petista, o
secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes, e o prefeito Roberto Cláudio (ambos
do Pros) acusaram o senador de corrupção e de chantagem contra o Governo
Federal. Horas antes, o prefeito exonerou dois integrantes de sua equipe
indicados por Eunício.
Em
discurso no comitê de Camilo, Ciro declarou que os cearenses não podem eleger
“aventureiros, lambaceiros, mentirosos”, “que fazem da política espaço para
enriquecer”. Segundo o irmão do governador Cid Gomes (Pros), “o candidato que
se apresenta aí é uma mistura de Pinóquio com Irmão Metralha”. Curiosamente, o
termo “petralha” é comumente usado por críticos do PT para se referir ao
partido de Camilo Santana.
Ciro
destacou o crescimento do patrimônio de Eunício desde 2010, quando foi eleito
senador com o apoio dele e do governador. “Eram R$ 36 milhões. Em quatro anos,
passou para R$ 460 milhões”, disse Ciro. Mas o valor declarado pelo
peemedebista à Justiça Eleitoral é de R$ 99 milhões. O irmão de Cid atribui
parte do aumento patrimonial a “contratos malversados com a Petrobras”.
Ciro
acusou Eunício, líder do PMDB no Senado, de “escolher os membros da CPI da
Petrobras para chantagear o governo (Dilma Rousseff)”. Disse também que
Eunício, empresário no ramo de segurança privada, “vive de privatizar a
segurança pública, o serviço público”.
Ainda
sobre segurança, Ciro declarou que a violência no Estado não será resolvida
“convidando vagabundo chefe de milícia para ser secretário de Segurança”, em
referência ao vereador Capitão Wagner (PR), que disse ter sido convidado por
Eunício para assumir a pasta em caso de vitória.
Roberto
Cláudio também usou seu discurso para fazer insinuações contra Eunício,
afirmando que Camilo Santana “nunca se serviu da política”, fazendo contraponto
em relação a adversários.
O
prefeito fez ironia com o fato de Eunício, coligado com o PSDB de Tasso
Jereissati, ter declarado que seu palanque está aberto para o presidenciável
tucano, Aécio Neves, embora ele, Eunício, prometa votar em Dilma.
“Se
agora tem candidato aí que não assume lado, imagine depois, quando tiver de
assumir compromisso pelo Ceará. Aqui a gente tem lado, a gente é Dilma”, disse
o prefeito.
Questionado
pelo jornal O POVO, Cid Gomes respondeu à acusação, feita por Eunício na segunda, de
que o governo teria usado dinheiro público para angariar apoio de prefeitos.
“Se o Eunício quer ser governador, tem que primeiro falar a verdade”, disse
Cid.
Com
informações O Povo Online
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