No
final do prazo de impugnações a coligação “Para o Ceará Seguir Mudando”,
encabeçada pelo candidato ao governo Camilo Santana (PT), deu entrada a cinco ações
de impugnação do registro de candidatos proporcionais da aliança encabeçada por
Eunício Oliveira (PMDB).
A
alegação é que houve irregularidades nas convenções de partidos coligados a
Eunício que definiram candidatos a governador, vice, senador e deputados
estaduais e federais e, caso sejam acatadas, podem tornar diversos parlamentares
inelegíveis.
Segundo
Sérgio Aguiar (Pros), as impugnações ocorrem, pois alguns partidos, mesmo tendo
realizado convenções em apoio à chapa do Pros, mudaram de orientação poucos
dias após os eventos. “Precisaríamos ver se há algum vício legal nas atas (...)
a presença de membros da base causa uma preocupação, mas estamos decididos a
dar um rumo forte para a eleição”.
O
deputado Danniel Oliveira (PMDB), articulador de Eunício na Assembleia, rejeita
qualquer irregularidade nas convenções. “Os deputados estão revoltados, até
porque muitos deles faziam parte de um sentimento próximo ao lado de lá (de
Cid). Agora, não sei se vai continuar”, diz o deputado Danniel Oliveira.
Entre
os prejudicados, está o próprio vice-líder do governo Cid na Assembleia, Júlio
César Filho (PTN), os deputados estaduais Téo Menezes (DEM), Ely Aguiar (PSDC),
Bethrose (PRP) e Idemar Citó (DEM), todos aliados de Cid na Assembleia. Moroni
Torgan (DEM), que chegou a anunciar possível apoio a Camilo mesmo após seu
partido firmar aliança com o PMDB, também é atingido pela ação.
“Isso
só mostra que precisa existir uma reforma política (...) quando vem uma decisão
de cima, do partido, você fica sem o poder de escolher. Veja só, como o vice
líder do governo vai ficar sem poder apoiar o governo?”, diz Bethrose. Nos
bastidores da Assembleia, muitos deputados classificaram como “desnecessária”
ação da base, principalmente por ter movido ações contra coligações pequenas e
repletas de aliados, como do PTN/PSDC/PPS.
Confiram
a situação dos deputados que podem ficar sem registros.
Júlio
César Filho (PTN) - Filho do ex-deputado e ex-prefeito de Maracanaú Júlio César
Costa, o deputado estadual é vice-líder de Cid na AL. Mesmo assim, teve
candidatura impugnada pelo Pros.
Teo
Menezes (DEM) - Para se manter aliado de Cid, tentou trocar seu antigo partido,
o PSDB, por outras legendas da base cidista. Após ser vetado no PSD, acabou no
DEM, que hoje integra chapa de Eunício.
Bethrose
(PRP) - É esposa do ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Walter Júnior. De
atuação discreta, a deputada estadual sempre teve postura de votar junto com a
base cidista da Assembleia.
Moroni
Torgan (DEM) - Participou de reuniões do Pros e chegou a afirmar, após o DEM
declarar apoio a Eunício, que aliança era “formal” e que ele poderia apoiar
candidato de Cid. Apesar disso, é alvo de ação.
Ely
Aguiar (PSDC) - Apesar de declarar apoio aberto a Eunício, sempre teve postura
de defesa da atual gestão na Assembleia.
Idemar
Citó (DEM) - Apesar de ter simpatia à candidatura de Tasso Jereissati ao Senado,
é outro deputado que sempre acompanhou a base cidista na Casa.
Com
informações O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.